Sernancelhe

Sernancelhe é uma vila do Distrito de Viseu. Esta situa-se no coração da Beira Alta, o seu concelho é atravessado em quase toda a sua extensão pelo Rio Távora.

De entre os naturais deste concelho, avulta Aquilino Ribeiro, um dos maiores escritores portugueses do século XX.

Sernancelhe conta com uma antiga ocupação humana, existindo alguns vestígios de ocupação pré-histórica, tendo sido local escolhido por Romanos e Árabes, reconquistada pelos Cristãos no século XI.

Terra de pastores, Sernancelhe é também Terra da Castanha. O epíteto ganhou-o pela qualidade e sabor do fruto que enche as casas dos lavradores e que faz parte da gastronomia regional.

O património edificado constitui o núcleo de quase todas as povoações, associando construções humildes a casas brasonadas, pelourinhos, cruzeiros e igrejas a fontes de mergulho. Deste modo, em Sernancelhe destaca-se a Românica Igreja Matriz do século XII, o mais significativo monumento da vila, o bonito Pelourinho de 1554 e o que resta do Castelo de origens bem antigas e reconstruído pela Ordem de Malta, que marcou a história da região.

O Castelo de Sernancelhe remonta ao Neolítico, posteriormente romanizada. No imaginário popular local persistem as lendas sobre as lutas entre cristãos e mouros, que remontam à época da Reconquista.

Construído pelos cavaleiros da Ordem dos Hospitalários, o castelo medieval, em pedra de granito, encontra-se atualmente em ruínas.

Fora do centro histórico da cidade visitamos o Convento de Nossa Senhora da Assunção, fundado em 1690, pertenceu às Freiras Descalças da Ordem de São Bernardo. O que resta está semiarruinado, mas atesta o interesse e a importância deste convento cenobita.

Neste concelho também destaco a Capela de Nossa Senhora da Lapa, do século XVII, construção jesuíta que se insere numa estrutura de santuário. Num próximo pos’t abordarei a história deste belo santuário.

Sernancelhe também é famosa pela boa mesa, com destaque para o salpicão e chouriça, presunto, bola de carne e a típica sopa de castanha.

Este concelho acabou por me surpreender e ficou o “bichinho” de lá voltar e continuar a percorrer as suas ruas e monumentos históricos.