Pitões das Júnias é uma aldeia situada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, no concelho de Montalegre.
A origem desta aldeia origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, localizado num vale isolado, consagrado à Senhora das Unhas que acabou por se tornar Senhora das Júnias.
A localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia conservasse a sua pequena população e o característico aspeto medieval. As construções em pedra e a beleza natural do lugar deram início nos anos 90, ao turismo ecológico na região. Turismo esse que cresce nos meses de Verão com a chegada dos seus descendentes, vindos principalmente do Brasil e da França.
O ex-libris desta aldeia é o seu Mosteiro. Implantado num magnífico vale, o mosteiro, cuja primeira construção remonta ao séc. IX, destinava-se a albergar Frades Beneditinos, tendo sido durante o século XII entregue à Ordem de Cister.
A igreja, de nave única e cobertura de madeira, conserva ainda um interessante portal lateral, românico, e um retábulo seiscentista, na capela-mor.
O Mosteiro localiza-se numa pequena plataforma encravada no estreito vale da ribeira de Campesinho, em posição abrigada dos ventos, com boa exposição solar, abundância de água e proximidade de pequenas áreas de potencial aproveitamento agrícola.
O convento viria a ser recuperado e já no século XVIII, há informação que dá conta de obras importantes na zona conventual, todavia com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento é abandonado e alguns anos depois deflagra um incêndio que apenas deixa a igreja de pé.
Deste pequeno convento, restam as paredes dos principais compartimentos a algumas arcadas do claustro, a igreja tem ainda o telhado, mas apresenta um aspeto de abandono, apesar de já terem sido feitas obras pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.
Mesmo num estado degradado vale a pena visitar este monumento, onde a sua história ainda permanece nas paredes em ruínas e nas pedras soltas no chão.
Outra atração desta aldeia é a cascata de Pitões, esta é uma das muitas da região do Barroso, abastecida pelas alvas águas que passam pelo Mosteiro de Santa Maria das Júnias.
Depois de percorrermos as atrações da aldeia decidimos repousar de forma a saborearmos os sabores da terra e convivermos com as gentes locais. Assim, dirigimo-nos ao Restaurante Casa do Preto onde nos deliciamos com os enchidos regionais, feito pela dona do restaurante, e com as compotas caseiras apresentadas com um queijo serrano. Este momento de descanso acompanhado de sabores divinais ficou registado na minha memória, uma vez que desfrutei de uma gastronomia rica em produtos que eu elejo como os meus favoritos.
No final dirigimo-nos ao fumeiro da casa e compramos enchidos caseiros para nos deliciarmos ao longo da semana no aconchego do nosso lar.
Ao longo da visita a Pitões das Júnias tivemos a oportunidade de desfrutar dos prazeres que esta terra nos presenteia.
Falta-te ir ao São Joãozinho, logo a seguir nosso S. João.
ResponderEliminarVai-se a pé a acompanhar o padre até lá em cima ao alto do monte à Capela de S. João da Fraga, numa grande e bonita caminhada.
Lá em cima assiste-se à cerimónia, do lado de fora, pois a capela é muito pequena para tanta gente.
No fim, regressa-se, e cá em baixo a junta prepara uma grande churrascada. É bestial! À noite ficamos a dormir na Campa do Preto, salvo seja! :)
Aconselho!
Obrigada Antónia pela dica. Quando lá voltar vou fazer o que aconselhou.
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