29 de dezembro de 2010

Ciudad Rodrigo

Em Espanha, nas margens do rio Agueda sobre uma colina, ergue-se Ciudad Rodrigo, cujo recinto foi declarado conjunto histórico – artístico.

Ciudad Rodrigo dista 89 km de Salamanca e 27 km da fronteira Portuguesa. Esta região faz parte da zona serrana de Salamanca.

A caminho de Salamanca passamos por Ciudad Rodrigo, onde desfrutamos de um dia nesta pequena cidade amuralhada. Aprecio cidades amuralhadas, porque reportam os tempos antigos.

Nesta cidade amuralhada visitamos casas senhoriais e deparamo-nos com um belo ayuntamiento na praça principal da cidade.






A grande atracção da cidade é a  Catedral Santa Maria, dedicada à Nossa Senhora Santa Maria é declarada monumento nacional em 1889, a construção do templo, orientado a Este, deve iniciar-se nos últimos anos do Reino de Fernando II de Leão (1157-1188). A sua construção começou seguindo um projecto tardorromanico que ainda conserva no seu perímetro exterior apesar das modificações posteriores (Capela Mor, Capela da Virgem del Pilar e sacristia).




Também visitamos o Castelo Enrique II, o Palácio Cartago e as muralhas da cidade. O castelo Enrique II actualmente abriga um dos mais antigos paradores, foi mandado construir em 1372 por Enrique II de Trastámara.

Sobre o conjunto, destaca-se a Torre da Homenagem, de três andares com janelas ojivais voltadas para o norte e o sul, rodeada por uma muralha com torres de defesa.





                                                              
Considero Ciudad Rodrigo uma cidade pequena, mas que espelha grandiosidade.

Salamanca


Salamanca é uma das cidades espanholas mais ricas em monumentos da Idade Média, do Renascimento e das épocas clássica e barroca.







A actual vida quotidiana de Salamanca centra-se na universidade, na alegria cosmopolita e poliglota dos seus visitantes e na Plaza Mayor.

Salamanca foi escolhida para Capital Europeia da Cultura em 2002, sendo o seu centro histórico Património da Humanidade desde 1988.



Visitei Salamanca em Dezembro de 2009, aproveitei um fim-de-semana prolongado para visitar Ciudad Rodrigo (que vou descrever num post a seguir) e Salamanca.

Adorei a cidade de Salamanca, porque embora eu soubesse que é uma cidade universitária, nunca pensei que tivesse tanto movimento. A cidade à noite tem outro encanto, porque os monumentos são bem iluminados o que torna a cidade fascinante.


Fiquei hospedada num hotel na Plaza Mayor, o que me permitiu visitar toda a cidade a pé, a cidade não é grande e na zona histórica os monumentos encontram-se próximos uns dos outros.

 
                                                                         


Como adoro Catedrais, Salamanca tem uma preeminência, tem duas Catedrais, a Catedral Nova e a Velha.

A Catedral Velha de Salamanca foi fundada pelo bispo Jerónimo de Perigord. A sua construção teve início no primeiro terço do século XII, prosseguindo até o século XIV, e possui estilo românico e gótico. É dedicada a Santa María de la Sede.







A catedral apresenta planta de cruz latina e três naves de estilo românico, arrematadas por abóbodas de transição a estilo gótico. A porta principal, ainda que tenha perdido parte de seu valor artístico original, ainda conserva duas estátuas, representando cenas da Anunciação, uma de cada lado.

Quando ela foi reformada em 1992, o arquiteto responsável acrescentou uma pequena estatueta de um astronauta, em homenagem ao astronauta russo Iuri Gagarin, o que gera uma certa polémica para as pessoas que não sabem da reforma.
                                                         




Através da Catedral Velha subimos ao cimo da cúpula e contemplamos a vista sobre Salamanca, foi um momento imperdível apreciar a beleza monumental da cidade, bem como os pormenores góticos dos elementos da catedral.









A universidade de Salamanca, fundada no séc. XIII, é conhecida por ser uma das mais antigas de Espanha.






Para além dos monumentos citados também visitamos a La Clerecia, a Igreja Santa Basilisa, Convento de las Duenas, Torre Del Clavero, Colégio da Anaya, Palácio Monterrey, Convento Santa Úrsula, Igreja San Spiritus e o o Convento de San Esteban. Este foi fundado do séc. XIII, contudo a sua igreja foi destruida no mesmo século. O convento actual foi dedicado ao San Esteban e começou a ser construido no séc. XVI.









Outro monumento que visitamos foi La Casa de las Conchas, esta é uma mansão nobre que tem o nome de mais de 400 conchas situadas na sua fachada.

O estilo gótico tardio é considerado como uma das mansões mais representativas da época dos Reis Católicos.

A construção começou nos últimos anos do século XV em terras de Don Rodrigo Maldonado, para que possamos encontrar na fachada do edifício para o seu brasão de cinco flores de lírio. Pode ser visto no topo da entrada, o escudo do fundador apoiado por dois leões.



Salamanca é uma cidade com um vasto património cultural e religioso, que surpreende os visitantes, com a sua magnitude.


Veneza

Veneza é a cidade que simboliza o romantismo. Canais cortados por pontes em arco, gôndolas deslizando em silêncio pelas águas, igrejas monumentais e palácio medievais transformam esta cidade num sonho. Considero que todas as pessoas deviam visitar Veneza pelo menos uma vez na vida. Eu já tive este privilégio, na minha lua-de-mel, foi uma sensação indescritível, passear numa cidade em que o seu conceito é completamente diferente do que estamos habitados, esqueçam os carros, pois circula-se de Gôndola ou no tradicional Vaporetto.





                                                                 
                                                   
                                                              
A estadia em Veneza é muito cara, mas como era lua-de-mel, esquecemos as questões materiais e ficamos hospedados num hotel romântico perto do Rialto - hotel “Giulieta e Romeu”.

Ao longo da estadia em Veneza visitamos a ilha toda.




A praça de San Marcos é o coração e alma de Veneza. É uma praça deslumbrante onde podemos contemplar o palácio de Doges, a Basílica de San Marcos, o Campanário, a Torre do Relógio e muitas esplanadas com música clássica ao vivo.





                                          
Passear nesta praça iluminada pela luz da lua e envolvidos pelo som do violino, é um dos momentos que vai ficar gravado para sempre nas minhas recordações. Foi um momento único e memorável para qualquel casal apaixonado.






                                                                
Outra sensação inenarrável foi o prazer que sentimos ao saborearmos um cappucinno acompanhado de um tiramissu, com uma bela vista para o Grande Canal.



A Campanile di San Marco é a construção mais alta de Veneza. A torre foi originalmente construída para servir de orientação às embarcações que se aproximavam da cidade, agora é o melhor ponto de observação de Veneza. Subimos de elevador até à parte mais alta do campanário e apreciamos a  vista esplendida sobre a cidade que é de tirar o fôlego.





Nesta bela praça temos também da Basílica de San Marco. Das quase 100 igrejas existentes na cidade, esta é a principal. Foi construída no ano 830, em estilo oriental, para abrigar os restos mortais de São Marcos, padroeiro de Veneza, visitamos o seu interior e considero-o magnifíco.




                                                                         
Há séculos atrás o seu dirigente máximo tinha o título de Doge, daí em Veneza constar o Palácio dos Doges, situado na Praça de San Marcos. Os seus pontos de destaque são o magnífico Átrio interno, a escadaria onde eram coroados os Doges e Câmara do Conselho, onde eram eleitos os Doges. Anexo ao palácio situa-se a antiga prisão da cidade. Ligando os dois monumentos está a famosa Ponte dos Suspiros. Embora o seu nome tenha uma conotação romântica, a verdade é que o nome surgiu graças aos prisioneiros que eram levados do Palácio para a prisão. Conta-se que ao passar por esta ponte eles olhavam pela janela e observavam a liberdade pela última vez, e suspiravam de tristeza...



                                                           
Percorri Veneza a pé e através do Vaporetto. A cidade é cortada por pequenos canais e ruelas e através destes chega-se a qualquer ponto da cidade. Somente três pontes cruzam o Grande Canal, a ponte Degli Scalzi, a famosa ponte di Rialto, e a ponte de l’Accademia. Na ponte di Rialto está localizado a grande zona comercial de Veneza. No Rialto visitamos o mercado do Rialto, onde podemos encontrar produtos alimentares, como peças de antiquário à venda, é um mercadinho típico e muito interessante.





                                                                    

Nas margens do Grande canal há uma infinidade de palacetes do séc. XVII e XVIII, que contam com detalhes de luxo. Dos vários palácios destaco: Palácio Barbarigo, Palácio Contarini, Palácio Vendramin, Calergi , Palácio Pesaro, e o Ca'D'oro.


 

Veneza é uma cidade riquíssima em património religioso, constam cerca de 100 igrejas na cidade, das várias que visitamos, saliento: Igreja Nossa Senhora da Nazaré, Igreja de S. Marcuola, Igreja San Stae, Igreja Nossa senhora da Saúde, San Giacomo di Rialto, Igreja de San Giacomo dell'Orio, Igreja de S. Roco, Igreja S. Maria Mater Domini, Igreja S. Gregório, Igreja de S.Polo, Igreja San Salvador, Igreja San Moises, Igreja Santa Maria Del Giglio, Igreja Santa Maria Della Visitazione, Igreja do Santissimo Redentore, Igreja do Santissimo Redentore, Basiliaca de San Giorgio Maggiore, Igreja de La Zitelle, Igreja Santa Andrea della Zirada e Igreja Santa Maria Dell Rosário.




 

                                                  
As gôndolas são o transporte mais comum na cidade, os estacionamentos das mesmas estão distribuídos pelos cais do grande canal. O passeio de Gôndola é muito requisitado pelos turistas, mas é importante primeiro negociar o preço com o gondoleiro, caso contrário paga um preço exorbitante por apenas meia hora.

 
Em suma, Veneza é uma cidade inesquecível, os momentos que vivi nesta cidade vão ficar guardados na minha alma de forma a torná-los eternos.