10 de novembro de 2011

Omaha Beach e Cemitério Militar Americano


Mais um dia se alçava e após um dia repleto de emoções seguimos da Bretanha para a Normandia.

Na Normandia visitamos um dos marcos históricos Mundiais, as praias do desembarque da Normandia.

Os desembarques da Normandia foram operações de desembarque durante a invasão da Normandia pelos Aliados, também conhecida como Operação Overlord e Operação Netuno, durante a Segunda Guerra Mundial. O desembarque começou na terça-feira, 6 de Junho de 1944 (Dia D).



Chegados à Normandia percorremos as várias praias históricas e paramos na Omaha Beach. A Praia de Omaha, mais conhecida como "Omaha Sangrenta" foi a praia de maior resistência alemã e a praia que deu maior trabalho às forças Aliadas, uma vez que Omaha era a praia mais fortificada e os bombardeamentos antes do desembarque provaram-se inúteis contra as fortificações.

Quando pisei a praia fui invadida por pensamentos e imagens que me levaram ao sofrimento experienciado por todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial. Contudo, respirei fundo, senti a brisa do mar, olhei à volta e consciencializei-me que o holocausto terminou e essa fase amarga da história passou, mesmo tendo deixados marcas profundas em quem viveu essa era.



Na praia está presente um monumento de homenagem às vítimas do dia sangrento e encontramos à volta da praia vários elementos que fizeram parte daquele dia, como bunker, máquinas de guerra, entre outros.






Posteriormente seguimos para o cemitério Militar Americano, situado perto da praia Omaha.

Neste encontram-se sepultados cerca de nove mil soldados Americanos que tombaram na Segunda Guerra Mundial, principalmente os da batalha na Normandia.



Percorremos todo o cemitério e deparamo-nos com um imenso parque rodeado de verde, muito bem preservado, onde se destacam monumentos em memória dos soldados e uma capela ecuménica adornada com velas e bandeiras aliadas.








A maioria dos soldados perderam a vida em 6 de junho de 1944, o Dia D, como constatamos nas cruzes, que além da data da morte está registado também o nome e a naturalidade da vítima.




Ao caminharmos pelo vasto campo onde se encontram as sepulturas cruzamo-nos com uma senhora idosa americana que se dirigiu a nós comunicando-nos que o seu marido estava muito emocionado por estar presente naquele local, uma vez que tinha sido um dos sobreviventes do dia D. Quando olhamos para aquele senhor, já bastante debilitado fisicamente, com o rosto invadido de emoção, sentimos que somos uns privilegiados, passamos por aquele local na hora certa, onde pudemos presenciar e apertar a mão de um sobrevivente do dia sangrento, de um dos marcos da história Mundial.



Em suma, presenciar e pisar as praias do desembarque da Normandia e o cemitério militar Americano contribui para o meu crescimento cultural, promovendo o desejo de continuar a aprender e assimilar tudo o que me rodeia.

1 comentário:

  1. Fui professora de História e minha especialidade sempre foi Segunda Guerra. Meus alunos às vezes perguntavam: professora, tem certeza de que não estava lá? Agora, em maio?14, realizei um grande sonho, fui conhecer pessoalmente a região do desembarque. Era a única brasileira em um ônibus lotado de americanos, quase todos com cabeças brancas. A guia só falava inglês e um pouquinho de espanhol - eu disse a ela: não se preocupe comigo, quero apenas ver, pois tenho todas as informações do que se passou aqui. E andei, olhei, lembrei cada detalhe histórico, fotografei e foi umas das emoções da minha vida, ver a ponta do Hoc, a praia Omaha e o cemitério dos soldados americanos em Collevile. Como sempre, minhas homenagens aos bravos que ali tombaram!

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