30 de outubro de 2011

Zaragoza


 
Zaragoza é um município e a capital da comunidade autónoma de Aragão, em Espanha.

Está às margens do rio Ebro, no centro de um grande vale com grande variedade de paisagens.
Seu nome actual deriva de seu antigo topónimo romano, Caesar Augusta, que recebeu em honra ao imperador romano César Augusto em 14 a.C.

A sua igreja e catedral, Basílica de Nossa Senhora do Pilar, foi recentemente considerada como um dos doze tesouros da Espanha.

 


Caesaraugusta esteve rodeada por uma muralha com numerosas torres, talvez até 120. Os seus muros tinham uma considerável grossura, que alcançava em muitas zonas 7 m.

Começamos a visita à cidade pela ponte de Pedra. É a ponte mais antiga que se conserva sobre o rio Ebro. De estilo gótico, século XV, foi restaurada em numerosas ocasiões devido às crescidas do Ebro; das últimas remodelações, destacam os quatro leões de bronze, obra do escultor Francisco Rallo que foram colocados nos seus extremos.



Atravessamos a ponte e visitamos a Basílica de Nuestra Sra del Pilar. O início da construção data do século XVII, mas as torres não foram acabadas até meados do século XX. Este é um templo barroco e um dos centros de peregrinação mais importantes do orbe católico. Primeiro Templo Mariano da Cristandade. É também um centro artístico de primeira ordem que reúne obras de grande valor de diversas épocas. No seu interior os frescos da Abóbada do Coreto e a cúpula Regina Martyrum foram pintados por Goya.





Perto da catedral visitamos a Catedral de San Salvador o la Seo. A primeira catedral cristã de Saragoça, construída sob avocação de San Salvador, levanta-se sobre o mesmo espaço que dantes tinha ocupado o templo romano do foro, a igreja visigoda e a mesquita mor muçulmana. 




Do outro lado da praça encontramos o Torreón de La Zuda. O Torreão da Zuda seria a torre de menagem da fortaleza sarakustí, edificada sobre um dos torreões da muralha romana. 



São vários os vestígios romanos que encontramos na cidade, visitamos as ruinas do teatro romano que era um edifício monumental e o mais popular da cidade. Porém, e apesar de ser abandonado como edifício de espectáculo, as suas ruínas foram reutilizadas cedo, albergando casas em todas as etapas históricas, sendo testemunho oculto e mascarado da vida dos saragoçanos até ao século XX.



No centro histórico da cidade também visitamos o arco y Casa del Deán. Este constitui um dos cantos mais emblemáticos da nossa cidade. A sua origem situa-se no séc. XIII, sendo o mais destacado desta obra o miradouro, com janelas de traçaria gótico mudéjar.


 
Em seguida dirigimo-nos à Iglesia de San Pablo, erigida para substituir a antiga ermida românica de San Blas, que tinha ficado pequena relativamente ao crescimento do bairro. O templo actual é o resultado de uma série de acrescidos que foram alargando o núcleo original do século XIV, o testemunho mais valioso do estilo mudéjar em Saragoça.





Outra Igreja que visitamos foi a igreja paroquial de Santa María Magdalena. Foi edificada no início do século XIV em substituição de um templo românico anterior. A sua tipologia corresponde ao modelo de igreja de nave única, com capelas entre os contrafortes e cabeceira poligonal.



Fora do centro histórico visitamos o Palacio de la Aljafería. É um dos monumentos mais importantes da arquitectura hispano-muçulmana do século XI. Apesar de ter sofrido diferentes reformas, podemos passear por entre os belos pórticos ajardinados do Pátio de Santa Isabel, pela Sala Dourada e o Oratório. Do período posterior à Reconquista destaca-se o palácio mudéjar de Pedro IV, bem como a capela de San Martín. Parte das suas dependências são na actualidade sede das Cortes de Aragão. Cabe destacar a Torre do Trovador, datada do século IX, onde Verdi situa a acção da sua famosa ópera Il Trovatore.




O passado ibero, romano, muçulmano e cristão de Zaragoza conformaram-na a pouco a pouco até fazer dela, na actualidade, numa cidade surpreendente.

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