26 de janeiro de 2011

Dresden

Dresden é uma cidade da Alemanha onde podemos encontrar castelos, igrejas, colecções de tesouros, entre outras atracções, sendo considerada a Florença do Elba. É conhecida como a Florença do Elba, devido à harmonia da sua beleza natural com a sua belíssima arquitectura.




Visitei Dresden quando fui a Praga, de Praga a Dresden são cerca de 149 km, o que permitiu que alugasse carro em Praga e visitasse Dresden.

O centro histórico de Dresden, com o palácio Residenzschloss, as igrejas Frauenkirche e Hofkirche, o Zwinger e outras obras-primas da arquitectura, encantam os visitantes da cidade.

Parte da cidade foi destruída pelo bombardeio americano em Fevereiro de 1945, Dresden foi em grande parte reconstruída, mas muito do tesouro cultural ficou perdido para sempre.

Dresden foi durante séculos a capital da arte, sendo considerada uma das maiores cidades onde a arte e a cultura estavam evidentes. Muitos monumentos arquitetônicos foram totalmente perdidos para sempre em apenas 14 horas de ataque.



A igreja Frauenkirche, construída entre os anos de 1726 e 1743, é considerada o símbolo da cidade. Devido aos bombardeamentos esta igreja foi destruída e somente em 1994 foi iniciada a sua reconstrução.




O palácio Residenzschloss foi sede do governo e residência dos príncipes da Saxónia do século XXII até o ano de 1918. Durante esse longo período ele passou por diversas reformas, uma completa reconstrução em 1701, em consequência de um incêndio, e após a destruição de 1945 foi novamente reconstruído.







Ao lado do palácio Residenzschloss fica a Hofkirche, que era a igreja usada pela família real da Saxonia. Augusto, o Forte, converteu-se ao catolicismo e mandou construir esta catedral católica romana, para estabelecer um sinal da importância religiosa católica romana em Dresden.



Também visitamos a Galeria de Arte de Dresden, um belo edifício que tem como destaque um enorme anjo dourado sobre uma cúpula de vidro, situado às margens do Rio Elba.




Também visitamos o palácio Zwinger, considerado um das maiores obras-primas arquitectónicas europeias em estilo barroco, foi construído em 1710 para sediar os festejos da corte de Augusto. Hoje abriga preciosas colecções, como a de porcelana.






Além dos salões de relíquias são realizados concertos e apresentações de dança clássica no grandioso jardim interno do Zwinger.




A Ópera Semper, em estilo neo-renascentista, foi construída entre 1870 e 1878 e é mais um dos símbolos da cidade.

Fora do centro da cidade visitamos o castelo de Pillnitz que agora abriga um museu, este foi residência de verão da corte durante muitos anos. Os jardins chinês e inglês e o museu de artesanato são algumas das actuais atracções do castelo.




Aproveitamos a hora do almoço para almoçar numa das esplanadas do centro histórico da cidade, apreciando o movimento das ruelas e deliciarmo-nos com uma carne de porco grelhada e as típicas salchichas com mostarda. Para nos protegermos do frio cobrimo-nos com umas mantinhas que todas as esplanadas dispõem, com o objectivo de o cliente se manter confortável.

Considero Dresden uma cidade monumental, onde a cor dos monumentos e as suas ruelas reportam a tempos longínquos.

21 de janeiro de 2011

Praga



Conhecida como Pérola do Oriente, a cidade de Praga, capital da República Checa, é uma cidade sedutora.

Sempre tive grandes expectativas relativamente a esta cidade, quando contemplava a sua beleza através de imagens da Internet suspirava, sonhando com o dia que poderia apreciar tal fascínio. Os dias iam correndo e as imagens desta cidade submergiam o meu espírito, escolhi Praga como um destino de eleição e só alcancei a serenidade quando testemunhei o seu deslumbre.

Depois de a visitar considero que as minhas expectativas foram cumpridas e como diria o escritor Franz Kafka "Praga não deixa a gente ir embora, esta velha tem garras".

Por muito que me esforce não consigo descrever o que senti quando cheguei a Praga e me dirigi à ponte Carlos. No meio da ponte rodei o olhar, observei os monumentos que me abraçavam e automaticamente emergiu o pensamento “Estou em Praga!”, proferi em voz alta este pensamento vezes sem conta até me consciencializar que tinha concretizado mais um sonho.
Na minha opinião a ponte Carlos é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade de Praga, porque sustenta duas portas seculares nas duas extremidades, bem como várias estaturas ao longo da mesma. A ponte é pedestre e une os dois lados da cidade, é uma construção do século XIV. Durante muitos anos a única decoração da ponte foi um crucifixo, mas mais tarde as autoridades eclesiásticas decidiram orná-la também com figuras de santos católicos, o que resultou nas trinta estátuas hoje existentes, esculpidas entre 1600 e 1800. Tanto de dia, como de noite, esta ponte está sempre repleta de pessoas de várias nacionalidades. O meu ponto de partida nos dias em que estive em Praga foi sempre a ponte Carlos.








Ao longo do passeio pela cidade, em cada rua, fomos contagiados pelo ambiente à nossa volta, descobrindo um encanto novo em cada ruela.

Praga é cortada pelo rio Vltava, e em termos turísticos a cidade pode ser dividida em cinco partes. Josefov, Staré Mésto, Nové Mésto, Malá Strana e Prazský Hrad a Hradcany.

As três principais regiões de Praga, à direita do rio, são: Josefov (Bairro Judeu), Staré Mésto (cidade velha, onde se encontra o centro) e Nové Mésto (cidade nova). Na margem esquerda encontra-se Malá Strana (onde todas as construções são anteriores ao século XIX) e Prazský Hrad a Hradcany (local do castelo de Praga, onde foi fundada a cidade). Os cinco bairros são próximos, pequenos, e devem ser percorrido preferencialmente a pé.

Iniciamos a visita pela praça Starometské Námestí (praça da cidade velha), o coração de Staré Mésto e também o coração de Praga.

Caminhar pela praça da cidade velha é voltar no tempo, os prédios e monumentos integrados na praça são de estilo romanesco, barroco e gótico. As principais atracções no local são a Catedral de Nossa Senhora de Týn, a antiga Câmara Municipal, o relógio astronómico e a igreja de São Nicolau. Aconselho a subiram à torre do relógio e apreciarem a vista sobre a cidade e particularmente sobre a praça e o seus monumentos.




O relógio Radnice, de estilo Medieval, é famoso por juntar centenas de pessoas na praça para assistirem às badaladas e apreciarem os doze apóstolos saindo de uma pequena portinha situada na parte superior do relógio. A seguir a estes seguem-se figuras humanas representando a Avareza, Vaidade, Morte e o Turco. O relógio data do século XV. Em 1865 foi aditado um relógio astronómico, com os símbolos do zodíaco.

Da praça da cidade Velha segui até à Porta da Pólvora. Praga é uma cidade histórica e rica em monumentos imponente e fantásticos, um desses exemplos é a porta das Pólvora, que é uma das construções mais famosas de Praga. A sua origem é do século XXI, mas a construção que se vê hoje teve início em 1475, por ordem do rei Vladislav II. Inaugurada com o nome de Torre Nova, foi posteriormente renomeada no século XXVII como Torre de Pólvora.

Para dar continuidade ao roteiro previsto, seguimos em direcção à “cidade nova”, onde percorremos as ruas com edifícios grandiosos e atractivos.
Nesta zona encontrei a praça Václavske Námesti. Este é o coração da cidade e ao longo desta avenida encontram-se os principais hotéis da cidade, elegantes lojas e vários restaurantes. Entre as construções de destaque estão o Hotel Europa (construção de 1903 em estilo Art Nouveau), Opera Estatal (Státní Opera, principal teatro lírico da cidade), Casa Eslava (Slovanský Dúm, famoso centro cultural) e Museu Nacional (Narodni Muzeum).

Na parte sul da “cidade nova” encontramos a casa dançante, como podem verificar na imagem, um edifico fora do comum que atrai muitos turistas.

Em seguida atravessamos a ponte Carlos e caminhamos até ao Castelo de Praga. A história da cidade começou aqui, no século IX, quando o príncipe Borivoj resolveu aproveitar o lugar, no alto de uma colina, para construir uma fortificação que dominasse a região e as embarcações que transitavam pelo rio Moldava.  O Castelo de Praga é praticamente uma cidade, e no seu interior destaca-se a Catedral de São Vito. Nela, visitei a cripta real e o túmulo de S. João Nepomuceno. É uma das minhas catedrais predilectas tanto a nível exterior, como interior. No momento que fazia precisamente um ano de casada, estava dentro da catedral a contemplar a sua beleza e a pensar “Que grande privilégio estar no dia de hoje em Praga”.





Dentro do castelo de Praga segui para o Palácio Real (na verdade são três palácios sobrepostos, construídos em épocas diferentes, residência dos reis da Boémia), visitei também o Convento de S. Jorge, Palácio Lobkowicz  e a Viela Dourada (rua do século XVI).
Depois de passar uma manhã inteira no Castelo de Praga desci a rua e encontrei Mala Strana que é uma região de ruas antigas, estreitas e curvas, repleta de casas barrocas e renascentistas, igrejas, palácios e lojas diversas. Dizem que esta região é a própria essência de Praga.   Está situada aos pés do castelo de Praga. No coração de Mala Strana situa-se a praça Malastranske Namesti, cercada de lojinhas e simpáticos restaurantes.
Alguns destaques do Mala Strana são a rua Mostecká, rua Nerudova, Palácio Wallenstein, Casa e Igreja de S. Tomás, Igreja de S. Nicolau (Kostel Sv. Mikuláse), Praça de Malá Strana (Malostranské Namésti), e Jardim Ledebour (Ledeburská Zahrada). Esta é uma região pequena, assim todos estes lugares estão relativamente próximos.
Interior da Igreja S. Nicolau

Outra região muito bonita é o Parque Petrin, situado logo abaixo do Castelo de Praga. Com jardins arborizados, chalés e diversas trilhas, é a principal área verde da cidade. As suas atracções são o Labirinto de Espelhos (Zrccadlové Bludisté), a Torre de Observação (Rozhledna), e a igreja S. Miguel (de origem ucraniana). A partir do parque podemos usufrui de uma bela vista sobre a cidade.

Voltando ao outro lado do rio, visitamos o bairro - Josefov - é outra região que não se pode deixar de visitar na cidade. A sua origem vem desde a idade média, quando era habitado por duas comunidades, os judeus vindos do ocidente e aqueles originários do Império bizantino. Durante séculos foram perseguidos e foi o imperador José II, em 1784 que acabou com esta discriminação e incorporou o bairro judeu à cidade de Praga.
O bairro judeu actual tem como atracções históricas o seu cemitério (Starý Zidovský Hrbitov, fundado em 1478, com 12 mil lápides e sepulturas de até 12 camadas), Convento de Sta. Inês (Kláster Sv. Anezky, fundado em 1234 e onde hoje funciona a Galeria Nacional), a Sinagoga Staronová (construída em 1270, a mais antiga sinagoga da Europa) e muitas outras Sinagogas.




Interior da Sinagoga Espanhola

Não consigo descrever por palavras o que senti quando visitei o cemitério Judeu e uma das Sinagogas, que tinha uma exposição de objectos, desenhos de crianças, pertences, cartas e fotografias das vítimas do holocausto. A exposição reflectia a vil privação de dignidade humana, descrevendo com precisão o percurso dos judeus desde a sua captura até à sua libertação. Naquele momento revi os momentos dos filmes “A vida é Bela”, “O Pianista”, “A lista de Schindler”, onde o conceito do crime praticado pelo Homem contra o Homem está evidente. Fiquei chocada ao ver os desenhos das crianças detidas em Auschwitz, as suas malas de cartão marcadas com os seus nomes, os seus brinquedos e a representação de todo o sofrimento vivido nos campos de concentração.
Também visitei a fortaleza de Vysehrad, onde encontramos a graciosa Igreja de S. Roque, construída em 1682 e o cemitério de Olnany, onde foram enterradas as vítimas da peste que assolou a cidade em 1679 e onde está sepultado o romancista Franz Kafka.
No último dia que estive em Praga decidi realizar um passeio de barco pelo rio Vltava, foi um momento magnífico, onde apreciamos as belas vistas das margens do rio, bem como, nos deliciamos com a gastronomia Checa.



Num dos jantares decidimos escolher um restaurante com ambiente romântico e optamos por jantar num barco em cima do rio Vltava para desfrutarmos do ambiente e da paisagem. Foi um momento muito especial, porque para além do ambiente envolvente e da vista magnífica, nesse dia comemorávamos um ano de casados.

A gastronomia checa passa por carne de porco e carne de vaca. A cerveja Checa é a bebida mais habitual, mas não posso tecer comentários acerca da mesma, porque não bebo álcool.
Para finalizar, considero que Praga é uma cidade  cujos adjectivos são poucos para tentar descrever e que, sem dúvida, a Pérola do Oriente é deslumbrante.
Tenho 3 cidades Europeias no meu coração, as cidades dos 3 P’s - Porto, Paris e Praga.

18 de janeiro de 2011

Combarro


 
Quando fui passar o fim-de-semana a Baiona, decidi visitar Combarro.

Combarro é uma vila muito interessante porque é pequena, muito movimentada, com ruelas estreitas que nos levam à beira-mar e perto do mar encontramos um belo cenário – vários espigueiros alinhados e dispostos de uma forma que embeleza qualquer postal.







Percorremos as ruelas onde pequenas casas de marinheiros se erguem, com as suas varandas de pedra inspiradas na arquitectura dos antigos paços.


Contemplamos a bela paisagem e em seguida decidimos apreciar  a gastronomia da localidade e  almoçamos umas deliciosas tapas numa esplanada à beira-mar.





Depois do almoço emaranhamo-nos novamente pelas ruas e cruzamo-nos com novos espigueiros, ao todo devem ser uns trinta, formando um dos maiores conjuntos da Galiza, com a particularidade de se situarem junto à costa.




Os espigueiros são também de pedra, embora o seu nome local de palleiras (palheiros) provenha de tempos mais antigos, em que eram cobertos de palha ou de outro material similar.



Por último são de salientar os cruzeiros, elementos da religiosidade popular que não poderiam faltar em qualquer encruzilhada. Alguns destes cruzeiros possuem ainda uma mesa a modo de altar, com funções sobretudo ornamentais para a procissão do Corpus.


Não deixei de comprar um souvenir, um espigueiro e uma pequena bruxa sendo estes os simbolos desta localidade.


Monte Tecla

Em Galego o castro é chamado de Santa Tegra e em Português de Santa Tecla.

No monte Santa Tecla, encontramos testemunhos do paleolítico e neolítico, especialmente no povoado celta, onde nos deparamos com as suas cabanas circulares e todo um conjunto de muralhas de protecção. No cume visitei a eremita de Santa Tecla.
Esta povoação foi construída na idade do ferro e ocupa uma grande extensão de território, em diferentes locais do monte.           




Este local fascina não só pelo testemunho do povoado, mas também pela vista abrangente que o cume do monte proporciona, ente elas: o rio Minho, a foz do rio e o mar atlântico, Vila Nova de Cerveira, Caminha, bem como, Las Rosas, A Guarda e outros locais de Espanha e Portugal.






Para chegar a Santa Tecla, ficam aqui duas sugestões:     

A partir de Vila Nova de Cerveira entra na ponte que atravessa o rio Minho e chega até Espanha. Segue a estrada principal até Guarda (uma distância de cerca de 15km) onde encontrará uma tabuleta, à esquerda, a indicar o ponto de interesse. Um pouco mais à frente inicia-se a subida do monte.                      

Ou então, poderá apanhar o ferry boat (que também transporta viaturas) na localidade de Caminha, e junto à outra margem do rio encontra a base do monte de Santa Tecla.
Sempre que viajo para o Norte de Espanha é garantido passar pelo Monte Santa Tecla, subo ao cimo do monte, respiro fundo, sinto o vento na face e aprecio a bela paisagem. Como diria o meu amigo João. É bom viver!