31 de maio de 2011

Copenhague



Copenhague é a capital e a maior cidade da Dinamarca (a mais antiga monarquia do mundo). A origem da cidade de Copenhague remonta ao ano de 1167, quando um padre construiu uma fortificação junto ao mar, para proteger-se contra os frequentes ataques das tribos germânicas.

Esta contém muitos prédios antigos, fontes, estátuas e praças.
A cidade de Copenhaga tem o maior centro urbano de todos os países Escandinavos.
É uma cidade bem organizada e adaptada às necessidades dos seus habitantes. Grande parte dos habitantes deslocam-se de bicicleta.


A visita a Copenhague é facilmente realizada a pé. As velhas ruas revestidas com paralelepípedos promovem uma animada vida cultural com galerias, museus, música e teatro. Por exemplo, a rua Strøget, no centro da cidade instala as lojas de renome mundial de design, moda e muito mais.
Também podemos encontrar na cidade velha alguns museus dedicados à arte dos seus antepassados, os Vikings.

Iniciei a minha visita a Copenhague pela sua atracção principal a Pequena Sereia do Báltico - Havfrue Lille (em Dinamarquês) - a mulher mais fotografada do mundo. É, sem dúvida, o símbolo da Cidade. A estátua da Pequena Sereia foi esculpida por Edward Eriksen, em 1913, e logo tornou-se uma unanimidade nacional.


Para fazer a imagem desta tranquila sereia, sentada sobre uma rocha, o artista inspirou-se no famoso conto de Hans Christian Andersen. Entre as suas obras mais conhecidas estão O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, O Rouxinol do Imperador, e claro, A Pequena Sereia. Para conseguirmos tirar uma foto junto da Sereia tivemos que enfrentar uma fila, nem o facto de termos de pular uma rocha para chegarmos à pequena Sereia impediu as pessoas de concretizarem o seu objectivo.

Perto da Sereia encontramos o Churchill Park, com a sua impressionante fonte Gefion, que representa uma deusa mitológica, que segundo a lenda, transformou os filhos do rei da Suécia em bois.





Em seguida percorremos Langelinie, uma bonita área à beira-mar, onde encontramos navios e iates ancorados. O nosso objectivo era encontrar Nyhavn, um dos locais mais turísticos de Copenhague. É um canal, ladeado por prédios coloridos que abrigam bares, restaurantes, e durante o verão, muito movimento. Se o passeio por este porto realizar-se em dias de mais frio podemos apreciar na mesma este canal, porque facultam-nos mantas para nos mantermos quentes enquanto desfrutamos de uma bebida, tendo em conta que estas são muito caras e os dinamarqueses não aceitam euros só aceitam a moeda local que é a Coroa Dinamarquesa (Krone, símbolo DKK). Literalmente, este é "o novo porto”, embora, paradoxalmente, é o mais velho da cidade. Criado em 1673, o canal tornou-se um local de encontro para marinheiros. Hoje está convertido num centro de entretenimento onde podemos encontrar muito movimento e casas coloridas que fazem a alegria dos fotógrafos.




Depois de fruirmos de um tempo em Nyhavn, rumamos até o centro histórico da cidade. Passamos pela antiga bolsa caracterizada pela sua torre em forma de espiral, formada por linhas de pedras.




Passamos também por vários monumentos e igrejas até chegarmos à praça Rädhuspladsen .







A praça Rädhuspladsen  é o coração da cidade, e costuma servir de ponto de encontro para manifestações populares, eventos políticos, entre outros. Na praça encontramos bancas de revistas, bancas de Danish Pølsevogne (cachorros quentes Dinamarqueses), e alguns monumentos. Deparamo-nos com a Câmara Municipal construída entre 1892 e 1905, foi inspirado na arquitectura medieval.



A praça é cercada pelo parque Tivoli, pela importante avenida Hans Cristian Andersens, e do lado oposto pela região conhecida como Strøget – a principal área comercial da cidade.

Outro local que visitamos foi a catedral de Copenhague, é considerada o mais antigo templo religioso da cidade, construído durante o século XIV.

Passamos também na praça Kongens Nytorv, rodeada de prédios elegantes, como o Teatro Nacional Dinamarquês, o exclusivíssimo Hotel D'Angleterre e a mais elegantes loja de departamentos da cidade. A construção da praça Kongens Nytorv é datada do ano 1670, e no seu jardim central encontramos uma estátua do rei Christian V, esculpida em 1687.




Outra atracção da cidade é o Tivoli, inaugurado em 1843, este tem uma entrada elogiosa, na medida que possui luzes néon. Passando os seus portões encontramos os tradicionais brinquedos vertiginosos, como montanhas russas, entre ouros, além de diversos restaurantes. A norte do parque encontramos um portão que dá acesso ao Castelo de Rosenborg . Este foi construído durante a renascença dinamarquesa, por ordem do rei Christian IV, e serviu como sua residência de Verão. Hoje em dia o castelo funciona como museu, onde estão em exposição diversos objectos da família real da Dinamarca, como as jóias da coroa e outros itens de valor histórico.



Também tivemos a oportunidades de conhecer o palácio Amalienborg. Desde 1794 que é a residência oficial dos monarcas. O complexo real é composto por quatro palacetes, construídos em volta de uma praça octogonal, no centro da qual há uma escultura representando Frederik V, rei dinamarquês que ordenou a construção do palácio.


Considero Copenhague uma cidade movimentada, histórica e cultural.

28 de maio de 2011

Amelie Soundtrack


A vida é repleta de encantos, a prioridade é descobri-los e torná-los únicos.
                                                                                                                               by Carfil

27 de maio de 2011

Cádiz


Cádiz é uma cidade situada no sul de Espanha, virada para o oceano Atlântico. Está rodeada quase na sua totalidade por água e essa característica faz com que pareça isolada do resto do mundo. Cádiz é uma pequena península que se destaca no meio da baía e assim define de forma determinante a paisagem na qual se integra.

Fundada pelos fenícios há 3.000 anos, Cádiz é considerada a cidade mais velha existente no mundo ocidental. Devido à sua localização privilegiada numa península, Cádiz foi uma dos primeiros pontos de ligação da Espanha com o resto do mundo. Também foi desta cidade que Cristóvão Colombo partiu várias vezes rumo às Américas.

Mesmo sendo Cádiz conhecida pelas suas famosas celebrações de Carnaval, a maior atracção da cidade é a sua atmosfera tranquila e descontraída.

A parte antiga da cidade é uma das zonas que mais gostei. Aqui encontram-se monumentos históricos a poucos metros da costa e as ruas estreitas e sinuosas, desembocam em pequenas praças surpreendentes pela sua beleza.



Alguns chamam a Cádiz "La pequeña Habana" devido aos muitos laços históricos que a unem a Cuba. O tráfego marítimo entre ambas as cidades foi bastante intenso durante um grande número de anos, de forma que as duas cidades são parecidas. Relativamente a tal facto, existem inúmeras manifestações, como a  frase de Antonio Burgos: "La Habana es Cádiz con más negritos; Cádiz La Habana con más salero". Também o cinema aproveitou-se de certas semelhanças, tendo as cenas cubanas do filme "James Bond 007 Morre Noutro Dia" sido gravadas em Cádiz.

Percorremos o centro histórico a pé, as atracções turísticas ficam relativamente perto umas das outras.
Começamos a nossa visita pela Catedral de Cádiz. A construção da catedral, localizada na Plaza de la Catedral e de frente para o mar, começou no início do século XVII, mas demorou mais de um século para ser finalizada. Construída em estilo barroco com toques neoclássicos, a catedral é construída toda de pedra e possui uma harmoniosa cúpula dourada.





Subimos ao cimo de uma das torres da Catedral de forma a contemplar a esplêndida paisagem sobre o mar atlântico e apreciar de perto a admirável cúpula dourada. Deste cimo observamos toda a cidade antiga de Cádiz onde podemos apreciar a sua arquitectura árabe.






De seguida percorremos o Bairro Pópulo, este bairro é o coração medieval da cidade e mantém os seus três portões do Séc. XIII. A puerta de Tierra marca a fronteira entre a cidade velha e a Cádiz moderna.



Neste bairro visitamos a Igreja Santa Cruz de estilo gótico.




Rumamos até ao Teatro Romano, mas este encontrava-se em restauro, logo não o podemos visitar.

A fome apertou e decidimos almoçar na praça da Catedral, saboreamos uma iguaria tradicional – Paelha – observando o movimento da praça e a imponente catedral.

De seguida embrenhamo-nos pelas ruelas estreitas e singulares da cidade e passamos por vários monumentos históricos. O Hospital de las Mujeres um exemplo clássico da arquitectura barroca, com amplos pátios e uma escada imperial. A Plaza de Mina Rodeada, com espectaculares edifícios de estilo colonial. O Oratório de la Santa Cueva, de estilo neoclássico, onde consta no seu interior, três quadros de Francisco de Goya, datados de 1975.


São também atracções turistas na cidade a Torre Tavira, de estilo barroco, foi no passado a torre vigia oficial do porto de Cádiz. O bairro tradicional La Viña que é sede principal do Carnaval e é caracterizado pela boa gastronomia e pela alegria nas ruas. E o Parque Genovés considerado o parque mais famoso da cidade, situado na Alameda Apodaca, na parte antiga de Cádiz.

Aproveitamos o facto de a cidade ser rodeada pelo mar para usufruímos de um passeio à beira mar, percorrendo a baía e admirando a paisagem espectacular para a cidade antiga.



A cidade de Cádiz apesar de ser uma cidade agitada e moderna tem a vantagens de conservar os prazeres de uma cidade pequena. Esta estabelece uma impressionante combinação de arquitectura, paisagem e história.

26 de maio de 2011

Jerez de la Frontera


A cidade de Jerez de la Frontera é um Município de Espanha, que faz parte da província de Cádiz.

Jerez de la Frontera é rica em história e tradição, embora seja ainda mais conhecida pelo vinho Jerez que produz.

Hoje em dia, a cidade é uma mistura dinâmica de edifícios novos e antigos. Alguns dos locais mais atraentes situam-se na parte antiga da cidade.



O bairro cigano é dos mais antigos da Andaluzia, as suas ruas são estreitas e sinuosas. Ao longo do passeio pela cidade antiga admiramos praças encantadoras e palácios renascentistas. Evidentemente, o flamenco é muito importante no Bairro de Santiago e em toda a cidade de Jerez. A Fundación Flamenca de Andalucía tem a sua principal sede neste local.

O Museu dos Relógios é outra das atracções da cidade. As casas nas quais está instalado são das mais antigas da Europa.

Jerez está fortemente ligada à criação de cavalos. Ainda hoje, são utilizados os métodos mais tradicionais. Diz-se que os melhores cavalos de raça em Espanha foram criados nesta cidade. A Real Escuela Ecuestre de Jerez tem prestígio internacional, recebendo visitantes de todo o mundo, que ficam maravilhados com os exemplares que aqui contemplam.

Uma vez por ano realiza-se uma prova do Grande Prémio de Motociclismo no Circuito de Jerez. Durante cerca de quatro dias reúnem-se na cidade milhares de adeptos deste desporto, tornando o ambiente eufórico.

O património religioso da cidade surpreendeu-me, na medida que nos deparamos com várias igrejas todas elas imponentes (Cartuja Santa María de la Defensión, San Dionisio, San Juan de los Caballeros, Santiago, Santísima Trinidad).



As que mais me fascinaram foi a igreja San Miguel e a Catedral de Jerez.

A igreja San Miguel é de estilo gótico isabelino. A igreja remonta ao séc. XV e XVI e está localizada em um dos bairros ciganos da cidade de Jerez.






A construção da Catedral de Jerez teve início em 1695 e situa-se na mesquita original de Jerez e antiga Igreja do Salvador.

O sino da torre está localizado na parte externa e possivelmente foi construído sobre o minarete da mesquita. O templo rectangular tem cinco naves em seu espaço que integra a estrutura de uma cruz latina. É também o epicentro das celebrações religiosas da cidade.




Outra das atracções da cidade é o conjunto monumental do Alcázar e da Câmara Oscura.
Este palácio data do séc. XII, foi reformado no séc. XV e modificado no séc. XVIII e XX. Actualmente, mantém muito de sua construção original. De planta quadrada, a sua construção é de origem almohade, construída no século XII, foi sede dos governadores cristãos após a queda da cidade nas mãos de Alfonso X.


Os espaços que me surpreenderam no Alcázar foram a mesquita de Santa María la Real, os Banhos Árabes, o lagar de azeite e os belos jardins.




No interior do Alcázar também são de destacar a Torre Octagonal, o Pátio de Armas, as duas portas, a da entrada e a da muralha.

Este palácio foi construído sobre as ruínas do antigo palácio dos Mouros, o Palácio de Villavicencio, do séc. XVIII, onde se situa a Câmara Oscura e onde se pode visualizar toda a cidade, através de um sensor óptico.

Jerez de La Frontera é uma cidade repleta de atracções desde culturais, artísticas, históricas e desportivas.

25 de maio de 2011

Carmona



A cidade de Carmona situa-se perto do centro de Sevilha, esta é habitada desde tempos antigos. Carmona tem uma longa história vivenciando a passagem das mais variadas culturas. Inicialmente era habitada por tártaros, e mais tarde tornou colónia fenícia. Séculos mais tarde estabeleceram-se na Roman e as civilizações árabes deixaram a sua marca singular no rico património desta cidade.

Dentro das muralhas antigas, a cidade velha de Carmona tem preservado a sua aparência de uma medina árabe, nas suas ruas podemos encontrar manifestações da bela arquitectura civil e religiosa.





No horizonte observamos a Igreja de Santa Maria Maggiore, construída no século XV sobre uma antiga mesquita árabe. Outras igrejas que visitamos foram a San Felipe (séc. XIV), em estilo mourisco, e San Pedro, barroca, cuja torre é semelhante à Giralda, em Sevilha.






Ao percorrer as ruas estreitas e singulares da cidade amuralhada surgiam casas de estilo islâmico, construídas entre os séculos XV e XVII, edifícios renascentistas e barrocos.




Ao longo do nosso percurso visitamos o Convento do século XVIII e no ponto mais alto da cidade encontramos o Alcázar del Rey Don Pedro actualmente o Parador de Turismo. Construido nos tempos dos Mouros, o palácio original foi a residência dos reis da Taifa. No século XIII, sob o governo de D. Pedro I "o Cruel" profundas obras foram realizadas na área fortificada de forma a ficar com o aspecto actual. Segundo a lenda, este sumptuoso palácio tornou-se um dos favoritos do monarca castelhano.




Todo o percurso realizado pela cidade fortificada foi guiado pelas indicações que íamos encontrando no chão, onde assinalavam as rotas que deveríamos percorrer para encontrar as atracções turísticas da cidade.

Considero o centro histórico da cidade de Carmona muito bem preservado facilitando o reconhecimento histórico e cultural da cidade.