19 de novembro de 2011

Ponte de Lima


Ponte de Lima pertence ao distrito de Viana do Castelo e é considerada a vila mais antiga de Portugal, com carta de foral de 1125 passada por D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal.

A região de Ponte de Lima foi habitada desde os primeiros tempos da pré-história, com diversos monumentos megalíticos por todo o concelho. O monumento mais emblemático desta herança cultural, arquitectónica e artística é a ponte que atravessa o Rio Lima, com os seus quinze grandes arcos de pedra, que caracteriza a própria vila.

As suas pacatas ruas de casas pitorescas, tipicamente minhotas respiram história, integrando um grande número de solares e casas apalaçadas, considerada a capital do Turismo de Habitação do País, atestando igualmente a importância económica de outros tempos, muito derivado da produção de afamado vinho verde.

O património arquitectónico e cultural da vila é riquíssimo, nomeadamente do período Medieval e Renascentista, destacando-se a Igreja Matriz do século XV, a Torre da Cadeia Velha ou da Porta Nova do século XIV e a Torre de São Paulo, integrada no que resta das muralhas defensivas, o Convento de Santo António do século XV, cuja igreja alberga o interessante Museu dos Terceiros, com uma rica colecção de arte sacra, a Igreja da Misericórdia ou a Capela da Nossa Senhora da Penha de França de inícios do século XVII.

Ponte de Lima é também denominada a Capital Nacional dos Jardins. Ninguém fica indiferente aos diversos jardins espalhados pela Vila e são de destacar os Jardins Temáticos do Arnado e o Festival Internacional de Jardins, reconhecido, pela sua especificidade nas áreas da jardinagem, do ambiente e do urbanismo, como um dos maiores eventos da Europa diretamente ligados à arte de fazer jardins.

Em Ponte de Lima, terra de história e de histórias, um passeio pelo centro é um regresso à nossa ancestralidade. Começamos a visita pelo largo de Camões, sala de visitas da vila, onde se encontra o Chafariz Nobre, terminado de construir em 1603.




Em seguida atravessamos a ponte, velha ponte romana, parte da via que ligava Braga a Tui, passavam os centuriões de Roma que mantinham a "paz de Augusto".. Pensa-se que a ponte Romana terá sido construída no século I d.C., já a Medieval, de características góticas, terá sido concluída em 1370. 




Do outro lado da ponte encontramos Igreja de Santo António da Torre Velha, do século XIX, com destaque para a altura da torre e para as gárgulas existentes em cada ângulo da mesma.




Ao lado apreciamos a Capela do Anjo da Guarda, uma construção com raízes românicas e góticas, que muitos atribuem ao século XIII. Esta está inserida num cenário harmonioso. 




Continuamos na margem direita e percorremos os coloridos Jardins Temáticos do Arnado.





Na margem esquerda, de volta ao centro histórico, admiramos a Torre de S. Paulo, do século XIV, o Pelourinho, a Torre da Cadeia Velha, espaço que serviu de encarceramento até aos anos sessenta do século XX e o Arco da Porta Nova, que dá acesso à velha Rua da Judiaria.




Em seguida percorremos a Avenida dos Plátanos, onde encontramos a barroca Capela de Nossa Senhora da Penha de França. Na mesma avenida, apreciamos a Capela de Nossa Senhora da Guia (século XVII) e o notável conjunto formado pelas Igrejas de Santo António dos Frades (século XV) e da Ordem Terceira de S. Francisco (século XVIII), recentemente recuperadas, que albergam o Museu dos Terceiros.

De volta ao centro da vila, visitamos a Igreja Matriz, mandada reconstruir por D. João I.






Em seguida dirigimo-nos ao Paço do Marquês (século XV) e visitamos os jardins envolventes e as belas varandas manuelinas do edifício. 





Na Praça da República destacam-se os monumentos evocativos à Rainha D. Teresa e ao Poeta António Feijó, o edifício dos Paços do Concelho e o Pelourinho.



Ao percorrermos as ruelas históricas da cidade deparamo-nos com a Capela de Nossa Senhora da Misericórdia das Pereiras, onde desfrutamos de uma vista sublime para o rio e para o conjunto da totalidade da vila.




Uma das atrações desta vila são as feiras. Em 1115, D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, instituiu a Feira de Ponte de Lima, a mais antiga de Portugal. Acontece no início do Outono, no terceiro fim de semana de Setembro, fechando o ciclo das colheitas e enchendo a vila de música, cortejos, touradas à corda, arraiais, bons petiscos e vinhos. Durante todo o ano, de 15 em 15 dias, existe a feira local e podemos aproveitar a oportunidade para conhecer e adquirir os melhores produtos da região.



Esta Terra de saberes e de sabores, mantem uma gastronomia rica, com o irresistível arroz de sarrabulho, associado ao não menos famoso vinho verde.

Ponte de Lima é uma vila histórica que proporciona ao visitante inúmeros prazeres - culturais, históricos e gastronómicos.


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