2 de março de 2012

Mondim de Basto


Mondim de Basto é um município que pertence ao Distrito de Vila Real.

As origens de Mondim de Basto são muito antigas, sabendo-se que aqui habitaram civilizações castrejas (no Monte Farinha existem vestígios de três diferentes Castros), sendo conquistada no século II a.C. pelos Romanos, não existindo certezas de ocupação de outros povos. No alto da Senhora da Graça poderá ter existido a célebre cidade de Cinínia, onde pontificava a belicosa tribo dos Tamecanos. Todos eles tiveram que se conformar com a imposição romana de virem povoar as partes baixas. Começava um período que se estenderia por quatro séculos. Era o tempo da romanização. As férteis terras desta freguesia iam em pouco tempo mostrar toda a sua produtividade.

Por volta dos meados do século XVII encontraram D. António Luís de Meneses, 1.º marquês de Marialva, como donatário desta vila de Mondim. Foi agraciado com aquele título por D. João IV, depois de ter sido um dos primeiros a aclamá-lo em 1640.

 Este concelho é marcado por duas zonas completamente distintas, uma ribeirinha, a do vale do Tâmega e outra tipicamente de montanha.

Na zona ribeirinha de influência minhota predomina o verde, a vinha de enforcado, os campos de milho, os solares e os espigueiros da freguesia de Atei, terra Natal do meu pai.

Outra atração deste concelho são os mistérios da Serra do Alvão, do Marão e das aldeias de montanha semeadas entre as nuvens e das impressionantes quedas das Fisgas de Ermelo.




De forma a contemplarmos todo o concelho de Mondim subimos ao Monte Farinha, ostentando no topo a venerada ermida de Nossa Senhora da Graça. Este local é mágico e cativante recheado de história e de vestígios arqueológicos, de lendas e de tradições.





O panorama daqui avistado é de grande beleza, e muito célebre na região, pleno de paz de espírito e tradição.




 O santuário enche-se de fiéis, visitantes e tradição no primeiro domingo de Setembro, com as Festividades em honra de Nossa Senhora da Graça, reunindo aqui uma das mais famosas procissões da região.

Não deixamos de visitar o centro histórico da cidade onde visitamos a igreja matriz, totalmente modificada, apresenta da primitiva traça um portal lateral gótico. O altar-mor enquadra um sumptuoso retábulo de talha dourada do século XVIII. Algumas peças de prata, um turíbulo e uma naveta, de oficinas do Porto, valorizam o conjunto das suas alfaias.



Percorremos as ruelas da cidade e encontramos diversos solares, casas senhoriais e pequenos palacetes, que atestam a importância económica, devido aos férteis solos, da zona, como é o caso da Casa do Eirô, do século XVIII ou o Solar dos Azevedos do século VII.







Na gastronomia tradicional destacam-se os enchidos caseiros e a saborosa carne do gado maronês.

A principal riqueza do concelho de Mondim de Basto é o seu património natural, arqueológico e arquitetónico num somatório de invulgares motivos de interesse para visitante.



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