Vila Nova de Famalicão (conhecida frequentemente apenas como Famalicão) é uma cidade do distrito de Braga.
São vários os vestígios da ocupação da região, na pré-história e antiguidade. Da época do cobre salienta-se a mamoa de Vermoim. Da Idade do Ferro, os castros de Penices, em Gondifelos, de Santa Tecla, em Oliveira S. Mateus, e das Ermidas, em Jesufrei. Já da ocupação romana restam diversos marcos miliários e a Villa Romana, em Perrelos, entre outros.
No entanto, as origens de Vila Nova remontam mais propriamente ao reinado de D. Sancho I, segundo rei de Portugal, que detinha na zona um reguengo, este elaborou uma carta foral no ano de 1205, a fim de criar raízes populacionais nessa zona.
Terra do conhecimento e da cultura, Vila Nova de Famalicão é também a terra do escritor Camilo Castelo Branco. Foi, em S. Miguel de Seide, que o romancista escreveu algumas das mais belas páginas da literatura portuguesa e, é lá que se mantêm as suas memórias na casa-museu de Camilo, um pólo de referência da cultura portuguesa.
Não perdemos a oportunidade de visitar o interior da casa do poeta.
Esta cidade aposta também na preservação e valorização do património histórico-cultural, de que, para além da Casa de Camilo, são exemplos o Centro de Estudos do Surrealismo, o Museu de Bernardino Machado, o Museu da Indústria Têxtil e o Museu Ferroviário de Lousado.
A riqueza patrimonial de Vila Nova de Famalicão revela-se também através dos raros e belos exemplares da arte românica, de que as igrejas de Santa Eulália do Mosteiro de Arnoso, igreja do Mosteiro de Landim e igreja de Santiago de Antas são o expoente máximo.
A igreja Santiago de Antas está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1958. De estilo românico tardio, apresenta já alguns elementos do gótico.
Também visitamos o Mosteiro de Santa Maria de Landim, as suas origens remontam aos alvores da Baixa Idade Média. À data da sua fundação, nos inícios do século XII, o Mosteiro era românico e dele ainda permanecem alguns vestígios, como são exemplo os capitéis e as arcadas cegas na capela da igreja e alguns capitéis geminados com motivos da época, talvez já de transição para a centúria de duzentos, como assinalam as bases de bolbo, todos eles fragmentos possivelmente oriundos dum claustro românico destruído na reconstrução do século XVI.
Também visitamos o centro da cidade, onde percorremos as ruas movimentadas, os jardins e visitamos a igreja matriz.
Famalicão é uma terra do presente e, sobretudo, do futuro, destacando-se pelo dinamismo da sua política cultural, como pólo de atração turística.
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