25 de fevereiro de 2012

Mesão Frio



Mesão Frio é uma vila que pertence ao Distrito de Vila Real.

Este concelho situa-se no derradeiro limite da Região Demarcada do Douro foi ao longo dos séculos habitado por vagas de povos primitivos, por monges e nobres, cujos nomes estão definitivamente inscritos nas páginas da história do vinho do Porto. Pela encosta abaixo, muitos são os solares setecentistas e as casas brasonadas construídas nos anos prósperos de produção e comércio do precioso néctar do Douro.



Conta a história que Mesão Frio terá nascido no local que muito mais tarde envolveria a Igreja de S. Nicolau, mandada construir pela rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques.

A data de nascimento deste povoado pode-se atribuir aproximadamente ao início do século III.

O atual nome desta vila provém de uma longa evolução linguística, semântica e gráfica da “mansionis frigidae”.

A primeira vez que aparece este lugar grafado de “mansion frigido” resultante da adulteração dos vocábulos femininos “mansione frígida”, foi em 1059 no “Inventario de omnes hereditates sive et ecclesia de Vimaranes”, do monarca leones Fernando Magno, isto é, 120 anos antes de D. Afonso Henriques haver sido reconhecido como rei.

Ao longo dos séculos, este termo toponímico sofreu diversas variações na grafia do seu vocábulo, descrita em vários documentos, que são inevitavelmente a consequência lógica da evolução da língua portuguesa. O comodismo ou aglutinação do linguajar do povo conduziu a uma evolução progressiva, até ao seu nome atual: Meijon Frio, Meijó Frio, Mey Johan Frio, Meyon Frio, Meyão Frio, Mezam Frio e Mesão Frio.

O traço essencial que carateriza Mesão Frio é a orientação da sua formação morfológica que lhe cria um espaço próprio de vida e de cultura. Esta Vila é uma das relíquias vivas da nossa ancestralidade e transporta-nos às raízes mais profundas da nossa história.

 Em Mesão Frio a sensação que estamos num cenário histórico e medieval é permanente. O valioso património arquitetónico, do qual abundantemente ressaltam majestosos edifícios, é inconfundível, nesta terra de ruas e praças quase imaculadas que o tempo pouco mudou. Para além dos solares, em todas as freguesias, se levantam igrejas que guardam esbeltas esculturas, alfaias e paramentos, ermidas, nichos, fontanários e outras obras de arte.





Entre montes e vales de vegetação densa, em caminhos surpreendentes e quase inexplorados, encontramos recantos para repouso e miradouros de beleza ímpar, voltados ao Douro.



As principais formas de relevo resultam da Serra do Marão cuja ramificação montanhosa descendente se subdivide ao longo do rio Douro, formando um cabeço linear nas freguesias de Vila Marim e Cidadelhe. Associadas a este cabeço encontram-se algumas bacias de receção onde têm origem várias linhas de água afluentes do Douro. Estes afluentes, mesmo de baixo caudal, escavaram vales profundos e encaixados, por vezes sinuosos, como é o caso dos rios Teixeira e Sermanha.



Das várias freguesias da cidade visitamos os lugares históricos como Barqueiros ou Vila Marim obras primas da natureza. São terras de ruas e recantos quase imaculados que o tempo pouco alterou. O miradouro, na minha opinião, mais fascinante situa-se na vila Marim.





No centro da vila visitamos a Igreja Matriz românica (Igreja de São Nicolau), a Igreja de Santa Cristina (séc. XVIII), o Paços do Concelho - Convento franciscano (séc. XVIII), entre outros monumentos.




 No que se refere à gastronomia esta é rica em receitas tradicionais como de o sável, lampreia, truta, cabrito assado, marrã (carne de porco) e a doçaria composta de falachas, doces e rebuçados de Donsumil.


Nesta vila desfrutamos de belas paisagens, de doces sabores, e respiramos a história que está embrenhada e cada ruela.


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