11 de fevereiro de 2012

Aldeia da Pena



A aldeia de Pena fica situada a 20 km de São Pedro do Sul. Esta é uma aldeia típica de xisto com seis habitantes e 10 casas de habitação, situada num vale profundo da Serra de São Macário.

No que se refere à origem do nome reza a lenda que numa aldeia próxima da serra de S. Macário, havia uma Cobra muito grande que comia o gado que andava a pastar nos campos. O povo revoltou-se e preparou uma armadilha para a cobra: colocaram várias facas espetadas no chão, com as lâminas viradas para cima, no local onde ela costumava passar. A cobra ao passar por lá, cortou-se até à morte. Os habitantes da aldeia, ao verem aquilo comoveram-se e tiveram pena da cobra. Um dos habitantes da aldeia disse: “Que pena” - ao ouvirem aquilo, os outros habitantes da aldeia concordaram e deram o nome de PENA à aldeia.

Abrigada no fundo do vale, a aldeia confunde-se com a Natureza que a envolve num cenário único.

A aldeia enquadra-se num cenário natural de rara beleza. Estende-se por um viso que vai morrer à ribeira da Pena, a cerca de 600 metros de altitude. 



Descemos a serra até que avistamos ao longe a aldeia acolhida pelos montes, a estrada deve ser percorrida com precaução pela estrada aberta não há muitos anos. Antes de ela existir, esta aldeia estava completamente isolada. Desse isolamento nasceu a lenda do morto que matou o vivo. A lenda é a seguinte: devido à inexistência de acessos rodoviários, os mortos da aldeia da Pena eram transportados num esquife até ao cemitério de Covas do Rio. O caminho entre estas aldeias é bastante difícil e o caixão teria de ser transportado em ombros. Numa dessas viagens, o infeliz que carregava a parte de trás do caixão terá escorregado e este caiu-lhe na cabeça, matando-o. Foi assim que o morto matou o vivo.




Quando chegamos à aldeia estacionamos o carro fora da povoação e percorremos as suas ruas estreitas, onde as casas de xisto e lousa e os espigueiros são uma das atrações.












Junto a uma ribeira de água cristalina, à entrada da aldeia, encontramos a Adega Típica Pena, também toda ela de xisto, onde saboreamos deliciosos petiscos locais. Quando entramos na taberna estávamos famintos de fome, uma vez que o ar da aldeia e o cheiro da ruralidade nos despertou o apetite, encontramos um ambiente muito acolhedor e uns queijos e enchidos muito saborosos.

Em seguida dirigimo-nos à casa de artesanato onde apreciamos as casinhas de xisto e os espigueiros, não resistimos e compramos uma casinha de xisto de forma a recordar os momentos vividos nesta encantadora aldeia, considerada uma das mais belas aldeias de xisto portuguesas.´


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