9 de fevereiro de 2012

Drave


Drave é uma aldeia perdida numa cova entre a Serra da Freita e a Serra de São Macário, na freguesia de Covelo de Paivó, no concelho de Arouca, neste momento desabitada mas não abandonada.





A melhor forma de chegar à aldeia da Drave é a pé a partir de Regoufe, percorrendo 4 km por caminhos abraçados por montes verdejantes abençoados pela mãe natureza. 





Também há acesso à aldeia de carro, através de São Pedro do Sul, contudo os caminhos que percorremos a pé são inigualáveis, uma vez que fomos brindados com paisagens dignas de postais, cruzamo-nos com animais e com gentes da terra. Ao longo deste percurso senti o silêncio da natureza, o aveludado dos montes e o cheiro da terra batida.








Nesta aldeia as casas são feitas de pedra, denominada pedra Lousinha, sendo a sua cobertura de xisto. Os arruamentos são irregulares e a aldeia situa-se no fundo da montanha. O lugar da Drave fica situado a mil metros de altitude, praticamente isolado dos lugares vizinhos.






Drave foi berço da família Martins, que se conhece desde 1700, tendo o padre João Nepomuceno de Almeida Martins, tomado a iniciativa de realizar neste local em 1946, a primeira reunião familiar, que trouxe até aqui mais de 500 parentes, desde então esta reunião tem-se vindo a realizar de 2 em 2 anos, tendo já sido publicada a monográfica da família.






Atualmente esta aldeia tem sido ponto de encontro de escuteiros, que com muita frequência a visitam e chegaram a recuperar algumas casas.

Percorremos as suas vielas desertas com piso incerto, onde a história de muitas gentes ficou gravada.



Deparamo-nos com um riacho e uma cascata de água translúcida onde aproveitamos para nos refrescarmos.






Drave é considerada por muito a “Aldeia Mágica”, quando a avistei ao longe no cimo de um monte compreendi a analogia utilizada, o aglomerado de casas de xisto protegido por montes verdejantes refletem uma paisagem única, que espelha a magia daquele local.




Esta caminhada foi uma das mais significativas no meu percurso, porque mesmo a aldeia se encontrando desabitada, ao longo dos caminhos percorridos pelas suas ruelas senti que a mesma estava viva e senti a magia que pairava em cada beco, em cada pedra.



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