Este concelho integra o Parque Natural do Douro Internacional juntamente com os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Miranda do Douro e Mogadouro.
Junto ao Douro, Freixo esteve sempre atento face à antiga Castela. Esta vila é anterior à fundação da Nacionalidade, no foral que D. Afonso Henriques, concedido em 1152, já é mencionado o castelo. D. Sancho II eleva-a a Vila em 1240 e mais tarde D. Manuel I concede-lhe foral novo. O castelo de Alva foi também uma fortaleza de grande importância. A figura, rupestre “Cavalo Mazouco”, muito conhecida, é o testemunho da antiguidade destas terras.
No séc. XVIII, Freixo de Espada à Cinta, conheceu o seu melhor período de desenvolvimento económico com a implementação da indústria da seda, chegando a haver 71 teares distribuídos por quatro fábricas.
A origem do nome, Freixo de Espada à Cinta, está ligado a diversas histórias, uma das mais vulgarizadas, conta que um cavaleiro cristão, para se esconder de perseguidores, terá subido para um freixo, pendurando a espada no seu tronco, os perseguidores ao depararem com um freixo com espada, tiveram medo e fugiram, dando este episódio o nome ao lugar.
Iniciamos a visita à vila pelo seu centro histórico, onde as casas possuem uma arquitetura manuelina e renascentista, que pertencem aos sécs. XVI-XVII. A voz do povo teima em afirmar “ Freixo de Espada à Cinta, é a vila mais manuelina de Portugal”, e para o comprovar percorremos a vila a pé de forma a observar as casas.
Passamos pela Igreja Matriz ou Igreja de S. Miguel de estilo manuelino, que possui um belíssimo retábulo da escola de Grão Vasco. Esta foi mandada edificar por D. Manuel I.
Em frente à igreja Matriz encontramos a Igreja da Misericórdia, de Construção do séc. XVI.
No centro da praça situa-se a Estátua de Jorge Álvares, em homenagem ao Navegador e Cronista.
Uma das atrações da vila é a Torre Heptagonal do Castelo ou Torre do Galo, que Pertencia à antiga cerca medieval reconstruída por D. Dinis. Na sua fachada central estão as antigas armas da vila. Séc. XIV. Subimos ao cimo da torre e contemplamos toda a vila.
Outros locais que visitamos foram as gravuras rupestres de Mazouco, nomeadamente o “Cavalo de Mazouco” e também a “Calçada de Alpajares”.
Terminamos o nosso passeio, em Freixo de Espada à Cinta, com uma visita aos Miradouros do Penedo Durão, do Carrascalinho, do Colado e do Carril, onde deslumbramos uma bela paisagem.
Como Freixo de Espada à Cinta faz parte do circuito das Amendoeiras em Flor, ao longo dos trajetos realizados apreciamos várias amendoeiras em flor que atingem o seu esplendor nos meses de Fevereiro e Março.
Esta vila manuelina encanta pelas suas paisagens e pela sua história.
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