Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio Tejo. Capital de Portugal desde a sua conquista aos Mouros em 1147, Lisboa é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o mais importante pólo turístico do País.
No que se refere à etimologia da palavra, segundo uma teoria de Bochart, o nome Olisipo, designação pré-romana de "Lisboa", remontaria aos Fenícios. Segundo esta teoria, Olisipo derivaria de "Allis Ubbo" ou "Porto seguro" em fenício, dado o magnífico porto fornecido pelo estuário do Tejo. No entanto, não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria.
Popularmente, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados alfacinhas. A origem do termo é desconhecida, mas há quem explique que nas colinas de Lisboa primitiva verdejavam já as "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina" que dão pelo nome de alfaces, e alface que vem do árabe, poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península pelos muçulmanos. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomar alfacinha por lisboeta.
Dos edifícios pombalinos da Baixa, com fachadas de azulejos, às estreitas ruas medievais dos Bairros típicos de Alfama e do Bairro Alto, onde à noite se pode ouvir o fado e usufruir de um divertida vida noturna, aos inúmeros museus e lojas, Lisboa é uma cidade com várias opções. Deste modo, foram vários os dias que dedicamos a percorrer a capital de Portugal.
Iniciamos esta viagem realizando um passeio no elétrico nº 28E, que começa o seu trajeto no Martim Moniz e acaba em Campo de Ourique. No primeiro passeio não fizemos paragens, seguimos diretos até o Campo de Ourique de forma a observamos os pontos turísticos com calma. Na volta já começamos a sair nas paragens, contudo o entusiasmo era tanto em ver tudo a pormenor e sentir a história, a cultura e tradição que pairava no ar, que acabamos por percorrer a zona histórica a pé e deixamos de andar de elétrico.
Um dos pontos de paragens foi na Basílica da Estrela. Segundo reza a história, em 1760, a princesa herdeira D. Maria Francisca, futura rainha D. Maria I, fez um voto no dia do seu casamento de que no caso de ter um filho varão, que veio a nascer em 1761, procederia à construção de um convento para as religiosas Carmelitas Descalças. Assim aconteceu, esta Basílica é uma das mais brilhantes realizações do Barroco tardio, com inclusão de elementos já neoclássicos. A Basílica da Estrela é o próprio panteão da D. Maria I, a única rainha da Dinastia de Bragança que não está sepultada no Mosteiro de São Vicente de Fora.
Em seguida dirigimo-nos para o Bairro Alto um dos bairros mais paradigmáticos e atraentes da cidade. Típico e popular, o Bairro Alto possui imensos rasgos de modernidade, com lojas de roupa e de design e bares. Não deixamos de descobrir todas as ruas, as ruelas e os becos, deste bairro.
Ao longo do percurso realizado deparamo-nos com o Elevador da Bica que está classificado como Monumento Nacional e é um dos marcos turísticos da cidade de Lisboa.
No Bairro alto também podemos encontrar bons restaurantes (aconselho o restaurante "Papa Açorda"). É um bairro apaixonante, cheio de atrações, combinando arrojo e sofisticação com tradição e antiguidade.
Em seguida embrenhamo-nos pelas ruas e ruelas, por escadarias e recantos até que encontramos o belo monumento onde se instala a Assembleia da República.
Depois do Bairro Alto, descemos pelo Chiado, onde encontrámos um ambiente ainda mais sofisticado. Ponto de encontro de jovens, artistas e intelectuais, o Chiado é a zona dos cafés emblemáticos, como “A Brasileira”, das escolas de arte, dos teatros e da história viva. Neste local apreciamos a emblemática estátua de Fernando Pessoa e visitamos as Igrejas do Loreto, a de Nossa Senhora da Encarnação, e a da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, monumentos religiosos que o Chiado orgulhosamente alberga.
O calor já se fazia sentir e não deixamos de saborear os famosos e deliciosos sabores de fruta da Gelataria Santini. Considero a melhor Gelataria de Portugal, quando visitamos Lisboa é imperdível deliciarmo-nos com tais sabores.
Seguidamente dirigimo-nos para a zona do Carmo, vizinha do Chiado, esta tem alguns pontos fascinantes da história da cidade, como o Convento e a Igreja do Carmo, que mantém a elegância e a imponência. Visitamos as ruínas, mas também o Museu Arqueológico do Carmo, que inclui um espólio de peças pré-históricas, romanas, medievais, manuelinas, renascentistas e barrocas. A igreja do convento, que já foi a principal igreja gótica de Lisboa, ficou em ruínas devido ao Terramoto de 1755 e é uma das principais marcas deixadas pelo terramoto ainda visíveis na cidade. O convento eventualmente passou a ser uma dependência militar e, durante a Revolução dos Cravos, foi no quartel do Carmo que o Presidente do Conselho do Estado Novo, Marcelo Caetano, se refugiou dos militares revoltosos. Atualmente as ruínas são sede do Museu Arqueológico do Carmo.
O Largo do Carmo é também um local emblemático da história nacional recente, tendo sido palco privilegiado da revolução dos cravos, em 25 de Abril de 1974.
A ligação entre o Carmo e a Baixa é feita através de outro monumento fundamental da cidade, o irresistível Elevador de Santa Justa, de design neogótico romântico. Subimos ao topo do elevador e deparamo-nos com uma belíssima vista sobre a Baixa Pombalina. Não perdemos a oportunidade de descer por este elevador centenário, o único elevador vertical que presta um serviço público e que foi concebido por um discípulo de Gustave Eiffel, mantendo por isso um estilo arquitetónico peculiar.
Descemos de elevador e deparamo-nos com a Praça Marquês de Pombal.
Já na Baixa, por tradição o centro comercial da cidade encontramos um forte pólo de concentração de lojas e um local único para passear. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do Rossio (D. Pedro IV).
Também conhecida como Terreiro do Paço, a Praça do Comércio é uma das mais majestosas praças de Lisboa e do Mundo. O seu nome “Terreiro do Paço” vem de outros tempos, quando albergava na ala ocidental, desde o século XVI, o Palácio dos Reis de Portugal, e a sua magnífica Biblioteca de mais de 70.000 volumes. Destruídos irremediavelmente no Terramoto de 1755, esta Praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal, Ministro do Rei D. José I, que escolheu privilegiar e valorizar a classe comercial, financeira e burguesa que muito contribuiu para a reconstrução da Lisboa pós-terramoto, daí o nome de “Praça do Comércio“.
Durante séculos a Praça do Comércio foi a grande sala de receção de Lisboa para quem vinha de barco, desfrutando de uma paisagem única do Rio e da cidade, situando-se aqui o Cais de desembarque de Reis e Chefes de Estado de visita ao País, sendo ainda visível a escadaria em mármore do Cais das Colunas que sai do Rio Tejo em direção à Praça do Comércio.
Em seguida visitamos o Rossio e continuamente dirigimo-nos para a Avenida da Liberdade. Esta já foi, em pleno século XIX, o “Passeio Público” da cidade e onde as elites se juntavam para caminhar diletantemente. Hoje, encontram-se na Avenida as lojas de grandes marcas, onde se realizam as compras mais cosmopolitas e mais internacionais da cidade.
Num outro dia continuamos o passeio turístico pela capital iniciando o percurso pelo Castelo de S. Jorge. Intervenções arqueológicas permitiram registar testemunhos de ocupação desde pelo menos o século VI a.C.. Fenícios, Gregos, Cartaginenses, Romanos e Muçulmanos por aqui passaram. Neste castelo tivemos a oportunidade de passear por entre jardins e miradouros onde observamos a cidade em todo o seu esplendor.
Descemos do castelo e deparamo-nos com o Miradouro Santa Luzia que possui uma imponente vista panorâmica sobre o típico bairro de Alfama e o rio Tejo. Os pontos característicos, da esquerda para a direita, são a cúpula de Santa Engrácia, a Igreja de Santo Estêvão e as duas torres brancas da Igreja de São Miguel.
Outros miradouros que visitamos foi o Senhora do Monte e o Miradouro da Graça.
O Miradouro Senhora do Monte situa-se junto ao santuário da Senhora do Monte, é um dos miradouros menos frequentados e de maior beleza da capital. Este miradouro tem forma de meia laranja, é sombreado por frondosas árvores que o circundam, e conta igualmente com um painel de azulejos indicativos dos locais que ali se conseguem avistar.
O Miradouro da Graça situa-se junto da Igreja da Graça, este é um local popular de Lisboa, com um panorama de telhados e prédios típico da cidade de Lisboa. Aproveitamos a esplanada neste local para contemplarmos com calma a vista sobre a cidade.
Depois de apreciarmos a vista do Miradouro de Santa Luzia seguimos para o Bairro de Alfama, um dos mais típicos de Lisboa. As suas ruas estreitas, enriquecidas por pormenores genuínos, como os estendais, as floreiras, o grito da vizinha, a correria das crianças, ilustram de uma maneira muito própria o que é realmente um autêntico bairro, que vai muito além do fado e da sardinha assada. Neste bairro canta-se a música tradicional de Lisboa - o fado, canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa, classificado em 2011 como Património Imaterial da Humanidade. Uma explicação popular da sua origem remete para os cânticos dos mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, após a reconquista cristã. Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o lundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.
Outro local que visitamos foi a Graça, onde encontramos a Igreja e Mosteiro de S. Vicente de Fora, um dos mais imponentes e notáveis monumentos religiosos da cidade. Construído logo a seguir à conquista da cidade aos mouros, foi o resultado de um voto do rei D. Afonso Henriques a S. Vicente durante o cerco à cidade em 1147.
Perto da Igreja e Mosteiro de S. Vicente de Fora situa-se o Panteão nacional, na Igreja de Santa Engrácia. O atual edifício está no local onde já tinha sido erigida uma igreja em 1568, por ordem da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, por ocasião da criação da antiga freguesia de Santa Engrácia. O templo passou a ter a função de Panteão a partir de 1916. Entre as personagens ilustres que aí estão sepultadas, encontramos Amália Rodrigues, Marechal Humberto Delgado os restos mortais dos escritores Aquilino Ribeiro, João de Deus, Almeida Garrett, Guerra Junqueiro e os Presidentes da República portugueses Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Sidónio Pais e Óscar Carmona estão também aí sepultados. São também evocados no Panteão Nacional, através de cenotáfios, as personalidades de Luís de Camões, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama e do Infante D. Henrique, ainda que os seus corpos aí não estejam presentes.
Esta visita vai ficar registada na minha mente, devido ao que senti quando entrei neste espaço e percorri todas as suas atrações ao som da voz de Amália Rodrigues. Indescritível!
Bem perto, deste local, deparamo-nos com a Feira da Ladra, que se realiza aos sábados, esta é uma das mais populares e concorridas feiras da cidade.
Continuamos a percorrer o centro histórico da cidade até chegarmos à Sé de Lisboa. Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII.
A peça mais preciosa da catedral é a arca que contém os restos mortais do santo, transferidos do Cabo de São Vicente para Lisboa em 1173. A lenda diz que dois corvos sagrados mantiveram uma vigília permanente sobre o barco que transportava as relíquias. Os corvos e o barco tornaram-se no símbolo da cidade de Lisboa. Diz-se também que os descendentes dos dois corvos originais viviam nos claustros da catedral.
Adorei os claustros desta catedral, embora parte se encontre em ruínas, considerei aquele espaço fascinante.
Em seguida percorremos a zona ribeirinha, onde encontramos um original edifício, a Casa dos Bicos (século XVI). Os tais bicos que lhe dão o nome vêm da sua fachada talhada em ponta de diamante. À peculiaridade estética do edifício, com influências italianas aliadas a elementos de estilo manuelino, junta-se a importância histórica de ter pertencido a Afonso de Albuquerque, vice-rei da Índia, e por terem sido encontrados vestígios arqueológicos romanos.
Continuamos pela zona ribeirinha, até encontrarmos o bairro mais paradigmático em termos de património relacionado com os descobrimentos - Belém. Foi da sua praia, que partiram as naus do navegador Vasco da Gama à descoberta do caminho marítimo para a Índia e em todo o lado se respira a grandeza do outrora império.
Como um dos ex-libris da cidade, o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir em 1501 por iniciativa do rei D. Manuel I e que só cem anos mais tarde viria a estar concluído. Implantado na grandiosa Praça do Império, o monumento integra elementos arquitetónicos e decorativos do gótico tardio e do renascimento, constituindo-se como um dos mais belos e grandiosos monumentos da capital. A estes elementos arquitetónicos juntaram-se motivos régios, religiosos, naturalistas e náuticos, fundando-se um edifício considerado a joia do estilo manuelino, exclusivamente português. A excelência arquitetónica é evidente, tendo sido reconhecido como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.
A igreja do mosteiro, a Igreja de Santa Maria de Belém, é um templo magnífico de três naves sustentadas por elegantes pilares que se articulam com uma abóbada ogivada, bela e única. A luminosidade, pelos filtros que os vitrais fazem dos raios solares, é extraordinária, tendo um carácter quase irreal. Os túmulos de Vasco da Gama e do poeta épico Luís de Camões encontram-se aí.
Considero inarrável o que senti quando me deparei com o interior desta igreja, é sublime a beleza que encontramos nos seus pormenores. Senti-me ultrapassada pela beleza e grandeza associadas à história, à fé, mas também pelo conhecimento e determinação que moveu a cultura portuguesa.
Hoje, nas alas do antigo mosteiro, estão instalados o Museu da Marinha, fundamental para conhecer um pouco da história náutica portuguesa, e o Museu de Arqueologia.
Também em Belém, junto ao rio, encontramos outro maravilhoso monumento do manuelino, classificado igualmente como Património Mundial pela UNESCO, a Torre de Belém. Concebida no século XVI por Francisco Arruda, a Torre de Belém é constituída por uma torre quadrangular com baluarte poligonal orientada para o eixo do rio Tejo. A decoração exterior abunda com fachadas que evidenciam influências árabes e venezianas nos balcões e varandins, contrastando com o interior, bastante mais austero na sua decoração. Os elementos orgânicos do estilo manuelino estão aqui amplamente representados, ostentando a Torre de Belém a primeira representação escultórica de um animal africano, neste caso um rinoceronte.
Muito mais recente, mas invocando ainda a grandeza da época dos Descobrimentos, encontra-se em Belém o Padrão dos Descobrimentos. O monumento, de 1960, celebra o quinto centenário da morte do Infante D. Henrique, homenageando este impulsionador dos Descobrimentos mas também os navegadores portugueses mais fundamentais. Belém construiu, sem dúvida, a sua singularidade como símbolo da “idade de ouro” dos Descobrimentos.
Mas a modernidade e animação cultural estão igualmente presentes no CCB – Centro Cultural de Belém.
Passeamos pelos jardins extensos até o sol de pôr, admiramos o rio e deliciamo-nos com o sabor do pastel de Belém, o doce mais famoso de Lisboa, que são feitos numa antiga fábrica na Freguesia de Belém. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastéis de Belém. Foram fabricados durante anos no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, só há poucos anos é que mudaram o seu local de fabricação.
Mais um dia se erguia e decidimos dedicar esse dia à vista de dois grandes palácios – o Palácio da Ajuda e o Palácio dos Marqueses de Fronteira.
O Palácio Nacional da Ajuda foi implantado no local onde a família real portuguesa construiu a "Real Barraca" após o terramoto de 1755, assim designada por ser de madeira, o Palácio da Ajuda iniciou-se em 1795 segundo um projeto de Manuel Caetano de Sousa. Pouco depois o plano sofreria uma evolução significativa, com a introdução da estética neoclássica. Apesar da magnificência do plano e dos avultados recursos financeiros, o Palácio foi habitado com muitas interrupções, até que D. Luís aqui se instalou definitivamente. Sua mulher, D. Maria Pia de Sabóia, empreendeu então obras de atualização estética, contratando para tal Joaquim Possidónio Narciso da Silva, que dotou o Palácio de novos espaços exóticos e outros de carácter funcional.
Encerrado após a implantação da República, foi parcialmente transformado em Museu em 1968, servindo ainda como sede do Ministério da Cultura.
As coleções de artes decorativas, datadas dos Séculos XV a XX, provêm do acervo do antigo Paço Real da Ajuda. A diversificada tipologia de objetos decorativos e utilitários preenchem e recriam os diferentes ambientes oitocentistas, ao longo do percurso das salas do Museu.
Em seguida dirigimo-nos para o Palácio dos Marqueses de Fronteira foi construído em 1640, para o primeiro Marquês de Fronteira, D. João de Mascarenhas, herói da Guerra da Restauração.
O Palácio foi ampliado no século XVIII, em estilo «rocaille», e continua a ser atualmente residência dos 12º Marquês de Fronteira, sendo contudo possível visitar algumas das salas, a biblioteca e o jardim.
Famoso pelos seus inúmeros azulejos de grande beleza e de diferentes temáticas, e pelo seu majestoso jardim de cerca de 5,5 hectares, o Palácio de Fronteira é um oásis na capital Portuguesa.
As visitas aos sumptuosos Jardins “à italiana” começam no terraço da capela, com destaque para o Jardim de Vénus e o Jardim Formal do século XVII, onde pontifica a Galeria dos Reis.
Por fim, atravessamos a ponte 25 de Abril e fomos a Almada visitar o Santuário do Cristo Rei um dos ex-libris de Lisboa. A ideia da sua construção surgiu em Setembro de 1934, depois do Cardeal Cerejeira, Patriarca de Lisboa visitar o Monumento erguido a Cristo no alto do Corcovado, sobre o Rio de Janeiro. Quando chegou a Portugal teve a luminosa ideia de propor a ereção de Monumento semelhante em Lisboa. Foi no entanto a não participação de Portugal na II Guerra Mundial que precipitou a concretização da obra, na sequência de uma promessa, feita pelo episcopado, que se Portugal fosse poupado à hecatombe da guerra o monumento seria erigido.
O monumento está a 113 metros acima do nível do mar e através deste desfrutamos de uma das mais bonitas vistas sobre a cidade de Lisboa.
No que se refere à gastronomia local, a proximidade da costa, ditam a predominância de peixe fresco e marisco nos pratos da região. É o caso das sardinhas assadas, as amêijoas "à Bulhão Pato", sopas de peixe "à fragateira" e variados pratos à base de bacalhau.
Um dos restaurantes que servem uma deliciosa acorda de sapateira é o “Baia do Tejo”, situado na Moita, mesma na praia do Rosarinho. Para além de nos deliciarmos com a gastronomia local também podemos desfrutar de uma bela vista sobre a capital, assim aconselho a fazerem a reserva ao final da tarde, para contemplarem o pôr-do-sol sobre a cidade de Lisboa.
Lisboa é uma cidade com mil anos de história, esta está repleta de monumentos de grande importância, que traduzem alguns dos momentos mais fundamentais da história nacional. Capital de Império, Lisboa teve o seu expoente máximo de riqueza na época dos Descobrimentos, assegurando um património único de uma beleza rara.
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