Viseu é uma cidade portuguesa, situada na região Centro, sendo a terceira maior e mais populosa cidade no Centro de Portugal, a seguir a Coimbra e Aveiro.
Segundo a lenda da cidade, em pleno processo de reconquista, um membro de um grupo de guerreiros chegado à cidade pelo lado oriental, onde se intersectam os rios Pavia e Dão, perguntou: «Que viso (vejo) eu?». Desta pergunta, nasceria o nome da cidade.
No entanto, entre os anos 712 e 1057, intervalo da ocupação árabe, Viseu era conhecida por Castro Vesense.
As origens de Viseu antiga e nobilíssima cidade perdem-se nas brumas do tempo. Aqui estanciaram homens das Idades remotas da pré-história e conviveram Celtas e Lusitanos: aqui se fixaram os Romanos em séculos de prosperidade e paz e por aqui passaram com maior ou menor detença hordas dos povos invasores: Suevos, Godos e Muçulmanos.
Viseu está associada à figura de Viriato, já que se pensa que este herói lusitano tenha talvez nascido nesta região. Viriato foi um bravo líder da tribo lusitana que combateu os romanos aquando a sua presença em território português, tendo falecido no ano de 139 a.C..
Mesmo antes da formação do Condado Portucalense, Viseu foi várias vezes residência dos condes D. Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. Seu filho D. Afonso Henriques terá nascido em Viseu a 5 de Agosto de 1109, segundo tese do historiador Almeida Fernandes. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.
Iniciamos a visita a esta cidade a pé aventurando-nos pelas ruas, descobrindo uma encruzilhada de becos e ruelas, passando por praças com fontes, por jardins e por majestosos monumentos.
Cruzamo-nos com a praça do Rossio, oficialmente a Praça da Republica. Em Viseu, esta foi e é o “Salão de Visitas da Cidade”. As primeiras notícias, deste centro cívico, social e também económico, datam do século XVI. É certo que sofreu as transformações inerentes ao passar dos tempos, mas desde sempre se constituiu como um atrativo local de passeio e convívio das gentes de Viseu, sobretudo ao longo dos séculos XVIII e XIX, instituído que foi o passeio público. Hoje em dia continua a ser o coração da cidade, o local por excelência onde se sente o pulsar da sociedade viseense.
Em seguida dirigimo-nos para o adro da Sé onde situa a Sé de Viseu, o Museu de Arte Sacra, o Museu Grão Vasco, com o nome de um dos maiores artistas portugueses do Renascimento, o Cruzeiro e a magnífica Igreja da Misericórdia, em estilo rocócó.
A Sé é um exemplar do estilo gótico, esta foi erguida entre os séculos XIII-XIV, aqui está instalado o Museu de Arte Sacra, estando classificada como Monumento Nacional. A magnitude do seu interior fascinou-me. Na interior da Sé encontramos as colunas encimadas por arcos ogivais, que suportam a abóbada dos nós do séc. XVI.
Muitos outros monumentos são dignos de registo em Viseu, como a Porta do Soar de Cima, aberta na cerca afonsina do século XV, ou a igreja do Carmo.
Depois de ter percorrido toda a cidade e as suas atrações visitamos a cava de Viriato onde se encontra a Estátua de Viriato, que na sua pose altiva parece guardar a Cava, uma zona onde pudemos experimentar o verde da nossa cidade.
Acrescenta-se à riqueza da região a excelência da sua gastronomia, destacando-se o famoso Caldo Verde, os pratos de Vitela, o Arroz de Carqueja, Lampreia, Pato, Bacalhau assado com batata à murro e os tradicionais Enchidos da Beira.
Viseu é uma cidade histórica repleta de encantos e tesouros culturais.
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