9 de janeiro de 2012

Coimbra


Coimbra estende-se ao longo do rio Mondego (o maior rio nacional) e está situada entre os distritos de Aveiro e Viseu. É considerada a principal cidade do centro do país. 



A presença humana nesta região abençoada pela natureza, com a mais valia de um Mondego navegável, vem de tempos remotos, tendo sido ocupada pelos Celtas, e culturalmente transformada pelos Romanos. Visigodos, entre 586 e 640 deixaram igualmente a sua marca, passando para o domínio Muçulmano em 711. A reconquista definitiva dá-se em 1064, pelas tropas de Fernando Magno, e já em 1139, o Rei D. Afonso Henriques faz de Coimbra a capital do Reino, estatuto que conserva até 1260.

Descrita como a cidade com mais história da região, Coimbra acolhe alguns dos costumes e monumentos mais venerados do distrito.

Monumentos como a Sé Velha e as Igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz (com os túmulos dos primeiros reis de Portugal) retrocedem aos inícios da nação Portuguesa. Muitos outros monumentos são de realçar em Coimbra, como os bonitos conventos de Santa-Clara-a-Velha e Santa-Clara-a-Nova (onde D. Inês de Castro terá sido apunhalada até à morte), a Igreja de Santo António dos Olivais, o Mosteiro de Celas, o Jardim (ou Claustro) da Manga ou a Sé Nova de Coimbra.

 Ao longo da nossa visita pela cidade fomo-nos cruzando com bonitos e aprazíveis espaços verdes e ajardinados, como o Parque Verde do Mondego, o do Largo da Portagem, o Parque Dr. Manuel Braga, o Jardim Penedo da Saudade, o Parque do Vale das Flores ou o Parque de Santa Cruz.







No ponto mais elevado da cidade, encontramos a prestigiada Universidade de Coimbra e a sua majestosa biblioteca do século XVIII, bem como o encantador Jardim Botânico. Originalmente fundada em Lisboa no reinado de D. Dinis, esta universidade foi transferida para Coimbra em 1537, onde ainda se mantém. Para além da grandiosa arquitetura de todo o complexo, a biblioteca joanina datada do século XVIII é o seu maior tesouro e encanta com a opulência de inspiração barroca, as pinturas trompe d’oeil e as infindáveis prateleiras de livros. Com mais de 250 000 obras, estas relíquias ancestrais são impecavelmente preservadas com a ajuda de uma colónia de morcegos que habita a biblioteca e se alimenta dos insetos durante a noite.




Uma das tradições mais importantes é a Queima das Fitas, uma cerimónia da conclusão da licenciatura que ocorre em Maio, quando os estudantes queimam as fitas para simbolizar o final dos seus dias de estudante.

Nesta localização privilegiada situam-se ainda a Sé Nova, do século XVI, e o famoso Museu Nacional de Machado de Castro.



O Quebra Costas – uma longa escadaria que conduz desde a Alta de Coimbra ao centro histórico, na Baixa – tornou-se por si só numa atração turística. Aí encontrámos ruas animadas, repletas de restaurantes típicos e bares, lojas de todo o género e muitos cafés. A Sé Velha, a Câmara Municipal e a Igreja de Santa Cruz são algumas das principais atrações que fizemos questão de visitar.




A Sé Velha é o um dos edifícios em estilo românico mais importantes de Portugal. A construção da Sé começou em algum momento depois da Batalha de Ourique (1139), quando Afonso Henriques declarou-se rei de Portugal e escolheu Coimbra como capital do reino. Na Sé está sepultado D. Sesnando, Conde de Coimbra. Esta é a única das catedrais portuguesas românicas da época da Reconquista a ter sobrevivido relativamente intacta até os nossos dias.








A Igreja de Santa Cruz, outrora um importante local onde se reunia a elite intelectual do país, este antigo mosteiro obteve o estatuto de Panteão Nacional em 2003 e abriga os túmulos dos primeiros reis de Portugal – D. Afonso Henriques e D. Sancho I. Embora fundado durante o século XII, a estrutura foi totalmente renovada quatro séculos mais tarde pelo rei D. Manuel I, que alterou a arquitetura original do mosteiro para o estilo Manuelino. O Claustro da Manga, em estilo Renascentista, é a principal atração da igreja e deve o seu nome ao facto dos esboços da sua estrutura terem sido encontrados na manga do gibão do rei D. João III.




Outra atração da arquitetura religiosa da cidade é o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, as fascinantes ruínas deste mosteiro são um dos primeiros exemplares da arquitetura gótica do país. Após a morte do rei D. Dinis no século XIV, a rainha Santa Isabel (conhecida também como a Rainha Santa) fundou o mosteiro e dedicou o resto da sua vida à religião. Graças à sua profunda devoção e generosidade, a rainha foi canonizada após a sua morte e tornou-se uma das santas mais veneradas de Portugal. Este monumento também marca o local onde Inês de Castro, a eterna e trágica amante de D. Pedro, seria assassinada por tentar prosseguir com o seu amor pelo futuro rei de Portugal.




 Por fim visitamos o famoso Portugal dos Pequenitos, situado na margem sul do rio. Trata-se de um espaço onde visitantes de todas as idades podem explorar as réplicas de aldeias tipicamente portuguesas, monumentos nacionais e edifícios em miniatura. Retrato vivo da portugalidade e da presença portuguesa no mundo, o Portugal dos Pequenitos é ainda hoje um referencial histórico e pedagógico de muitas gerações.
Para além de ser um espaço de aproximação de culturas e de cruzamento entre povos, o Portugal dos Pequenitos é também uma mostra qualificada da arte escultórica e arquitetónica que, pela miniatura e pela minúcia, ainda hoje encantam crianças, jovens e adultos.




Neste vasto espaço visitamos as várias áreas temáticas: Portugal monumental, Países expressão Portuguesa, Portugal insular, a cidade de Coimbra e as casas regionais.







A cidade de Coimbra encanta os visitantes com a sua história enraizada nas calçadas da cidade, com a sua cultura espelhada nos monumentos e com as suas tradições retratadas nas gentes.

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