Queluz é uma cidade portuguesa no concelho de Sintra, distrito de Lisboa.
No que se refere à origem do nome atribuem a origem da denominação à adoração local do deus Lu ou Lou dos antigos Lusitanos. É suposto que o próprio nome de Lusitânia tem por base duas palavras significativas "Citânia de Lu".
A ocupação humana remonta comprovadamente ao Neolítico Final/Calcolítico (entre o IV e o III milénio A.C.), como atestam diversos monumentos e vestígios.
A atração principal da cidade é o Palácio Nacional de Queluz, é o 3º mais visitado de Portugal.
O Palácio e os seus jardins constituem um notável conjunto monumental que apresenta uma vivência intimista da corte portuguesa de Setecentos, ao mesmo tempo que representa momentos de extraordinária relevância histórica e de afirmação do poder real.
Apresentar a evolução do gosto da corte nos séculos XVIII e XIX, marcada sobretudo por influências francesas e italianas, quer nos espaços interiores, quer nos jardins, num período que percorre o barroco, o rocaille e o neoclássico, constitui uma vocação essencial deste Palácio, enquanto instituição que privilegia o conhecimento, a interpretação e a fruição de um conjunto monumental de incontornável referência no património arquitetónico e paisagístico português.
A data da sua construção remonta a 1747, quando o Infante D. Pedro III, futuro rei, ordenou a sua edificação, com base numa casa de campo que havia pertencido ao Marquês de Castelo Rodrigo, no século XVII.
O corpo principal do Palácio só ficou terminado depois do casamento de D. Pedro com D. Maria Francisca, mais tarde a rainha D. Maria I, em 1758. Tanto os salões do Palácio, como os seus jardins, foram profusamente enfeitados com ornamentos barrocos, tornando-o um excelente exemplar do modo de vida da sociedade barroca setecentista.
Frequentemente comparado com o Palácio de Versailles, em França, o palácio Nacional de Queluz preserva, no entanto, uma forte identidade portuguesa e continua a ser um dos cenários preferidos do Governo para receções oficiais e reuniões de Chefes de Estado internacionais.
Depois da visita ao interior do Palácio também percorremos os seus jardins. Os jardins de Queluz foram desde a primeira hora objeto de grandes cuidados e tanto os jardins de aparato com um traçado "à francesa" - o Jardim Pênsil e o Jardim de Malta -, como o resto do Parque, foram profusamente decorados com lagos, fontes e conjuntos escultóricos.
Para além das esculturas em chumbo vindas de Inglaterra, que reforçaram a imponência dos jardins de Queluz, vieram de Itália (Génova) figuras de mármore, estátuas, bustos e vasos, entre 1757 e 1765.
Os jardins oferecem ao visitante todo um percurso mitológico a descobrir, onde abundam os deuses e os heróis da Antiguidade Clássica, as Alegorias às estações do ano e às artes e, outrora, também figuras da Comedia de’l arte, pastores e animais, temas tão ao gosto do século XVIII. Na decoração dos lagos e fontes predominam os temas aquáticos, destacando-se Neptuno, Nereida, tritões, sereias e peixes.
Este é um espaço privilegiado de lazer e cenário de inúmeras festas e passatempos da Família Real, que aqui assistia a espetáculos de fogo-preso, touradas, cavalhadas e a passeios de barco no Canal dos Azulejos, os jardins conservam ainda muito do encanto e beleza de outrora.
A visita ao interior do palácio e o passeio pelos seus jardins perpetuaram o meu entusiasmo pela História de Portugal.
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