17 de janeiro de 2012

Pombal


Pombal pertence ao distrito de Leiria. Esta é terra de história, de lendas e de gente ilustre. Do grande Marquês de Pombal, do historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros.

Sendo difícil situar o aparecimento do primeiro aglomerado populacional, não restam, no entanto, dúvidas quanto à presença dos romanos na região de Pombal, tendo em conta as moedas encontradas nas obras de restauro do Castelo.

Antes da presença romana, está assente que a fixação demográfica na área de Pombal remonta ao período neolítico, sem que, também aqui, seja possível determinar o local exato do sedentarismo inicial.

Certo é que, no início do século XII, os Templários passaram pela região. Em 1126 terão encontrado uma povoação no lugar de Chões, hoje desaparecida. Esta terra deserta, de matos e brenhas fechadas e inóspitas entre Coimbra e Leiria, situava-se na fronteira das batalhas contra os sarracenos. Por esse motivo foi aqui erigida, por volta de 1147, uma fortaleza militar.



A atração principal desta cidade é o seu castelo, a sua construção é atribuída aos Templários, a quem D. Afonso Henriques doou esta região, todavia há provas da existência de uma fortificação romana neste local, que os árabes terão ocupado até à reconquista cristã da península.

Com a extinção da Ordem do Templo, em 1311, o rei D. Dinis, entregou este castelo à Ordem de Cristo e já no início do século XV, D. João I doou-o ao conde de Castelo Melhor.



D. Manuel I, por volta de 1500, decide fazer obras de recuperação do castelo, algo degradado, e no século XVII, o conde de Castelo Melhor adaptou-o a residência.

Durante as invasões francesas foi saqueado e incendiado pelo general Massena, quando já fugia depois da derrota sofrida nas Linhas de Torres, o que ditou o seu posterior abandono e ruína.



Ainda podemos encontrar algumas partes das ruínas do castelo, contudo outra parte foi reconstruida. O que me atrai é mesmo a parte do castelo que se encontra em ruínas, em que podemos deambular por este monumento nacional presenciando restos da história.






Depois de visitarmos o castelo descemos para a vila e dirigimo-nos para a Praça Marquês de Pombal, onde se encontra a Igreja Matriz de São Martinho. Esta igreja é de fundação medieval, apresenta várias capelas de talha dourada, destacando-se a capela da Senhora da Piedade, encimada pelo brasão do capitão Jorge Botelho.


 Também passamos pela casa do Marquês, casa onde o Marquês de Pombal passou os últimos anos da sua vida e foi sujeito a interrogatório pela sua ação enquanto estadista.

No Jardim Municipal do Cardal encontramos o Busto do Marquês de Pombal. É a primeira estátua erigida ao Marquês em Portugal. Foi inaugurada em 1907.

Concluindo, no passeio realizado a esta cidade respiramos parte da história do nosso país e da tradição das gentes pombalinas.


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