9 de maio de 2012

Vila Nova de Foz Côa


Vila Nova de Foz Côa é uma cidade, que pertence ao Distrito da Guarda. Situada na região do Alto Douro, numa área de terras xistosas também conhecidas como “Terra Quente”, Vila Nova de Foz Côa é uma cidade, que viu o seu nome correr fronteiras pela descoberta e classificação como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO das suas gravuras rupestres paleolíticas ao ar livre no vale do Rio Côa, um dos maiores centros arqueológicos de arte rupestre da Europa.

Região maioritariamente agrícola, é também conhecida como a “Capital da Amendoeira”, devido à grande densidade desta árvore no concelho.






Os vestígios da ocupação humana, mais ou menos intensa, prolongam-se pelos tempos castrejos e romanos. Os escassos testemunhos do período suevo-visigótico e árabe garantem, contudo, a continuidade dos núcleos populacionais. Contrariando as vicissitudes próprias das terras fronteiriças nestas paragens, a vida comunitária revelou-se regular e contínua, a partir do séc. X.

Vila Nova de Foz Côa recebeu o seu primeiro foral em 1299, concedido por D. Dinis, tendo sido renovado pelo mesmo monarca em 1314. Em 1514, foi concebido um novo foral por D. Manuel I. 



Nesta cidade atesta-se o fervor religioso na sua bonita Igreja Matriz, de fachada Manuelina, e nas muitas Capelas, como a de Santa Quitéria (que se pensa ter sido outrora uma sinagoga), a de São Pedro e Santa Bárbara ou a barroca Capela de Santo António. Algumas casas senhoriais e brasonadas enriquecem o património arquitetónico da cidade, como a Casa dos Andrades. A Torre do Relógio, no sítio do Castelo, demonstra a arquitetura militar de outros tempos.






O concelho possui aldeias históricas que em tempos já foram sede de concelho, tais como, Freixo de Numão, Almendra e Castelo Melhor, dada a sua importância fronteiriça na defesa do território. No concelho contam-se, para além das aldeias, todas elas antigas e tradicionais, inúmeros palácios, solares, pelourinhos, tudo testemunhos de uma história.

Os sítios de arte rupestre do Vale do Coa situam-se ao longo das margens do rio Coa, sobretudo no concelho de Vila Nova de Foz Côa. Formam uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior, constituindo o mais antigo registo de atividade humana de gravação existente no mundo.

O Parque Arqueológico do Vale do Coa é considerado como “um dos mais importantes sítios de arte rupestre do mundo e é o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre”. Neste local foram identificados cinco dezenas de núcleos de arte, ao longo dos últimos 17 quilómetros do Rio Coa, até à sua confluência com o Douro. Estes núcleos apresentam gravuras datadas, na sua maioria, do Paleolítico superior (mais de 10.000 antes do presente) mas o vale guardou também exemplos de pinturas e gravuras do Neolítico e Calcolítico, gravuras da Idade do Ferro e dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, altura em que os moleiros, os últimos gravadores do Coa, abandonaram o fundo do vale.”

Outras das atrações desta terra são as paisagens de “cortar” o fôlego, retiros de silêncio, paz, meditação, mas também de saudável convívio, os Miradouros do Concelho de Vila Nova de Foz Côa, no alto, fazem-nos estar entre o céu e a terra.




Desta forma, percorremos vários dos miradouros do concelho, o que mais me fascinou o foi o Miradouro de Mós.

A localidade de Mós está pontuada por três capelas, a mais importante das quais é dedicada a Santa Bárbara.
Este miradouro tem uma impressionante vista panorâmica sobre o Douro, que se descobre numa extensão superior à que se tem nos miradouros de N.ª S.ª do Viso e de S. Martinho de Seixas.




No que se refere à gastronomia encontramos como iguarias típicas os enchidos, os pratos de caça, lebre e perdiz, o alho e o porco e a pescaria dos rios Douro e Coa.

Concluindo, as paisagens, adjacentes deste concelho, principalmente ao Rio Douro, são de enorme beleza além de serem únicas no mundo.


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