Gondomar é uma cidade do Distrito do Porto. O Rio Douro ao longo de 32 Km – desde Melres até Valbom – acompanha Gondomar, sendo este concelho possuidor, através da sua relação com o rio, de um Património Etnográfico único, de costumes ancestrais, que o atestam a pesca da lampreia e a pesca artesanal que ainda se praticam na freguesia da Lomba.
O seu nome – Gondomar - tem ressonâncias históricas. Vários achados revelam as velhas raízes da vivência humana neste local desde a pré-história. A exploração das minas de ouro nas regiões próximas e a posição estratégica do "Castro" comprovam a permanência dos Romanos nestas terras. Entre outras versões, a denominação “Gondomar” é atribuída ao rei visigodo Gundemaro que, em 610 teria aqui fundado um couto. Apesar de não haver vestígios dos cavaleiros visigóticos, Gondomar recebeu o primeiro foral em 1193, de D. Sancho I que, mais tarde, foi confirmado pelo rei D. Afonso II através das Inquirições. O Monarca "fez honra de Gondomar" a D. Soeiro Reymondo, que aqui tinha um solar.
No que se refere ao património religioso, no centro da cidade destaca-se a Igreja matriz que foi erguida a partir do início do século XVII.
Quanto ao Património Construído, existem no Concelho vários solares seculares, sendo um dos mais importantes o solar da Casa de Montezelo, em Fânzeres, que juntamente com a belíssima magnólia, existente no átrio do imóvel, com trezentos anos, está classificado como Imóvel de Interesse Público.
No âmbito da azulejaria, é de realçar o conjunto de painéis existentes na Estação de Caminhos de Ferro de Rio Tinto, da autoria do pintor João Alves de Sá, provenientes da Fábrica Viúva Lamego, datados de 1936. Os referidos painéis ilustram aspetos da vida quotidiana de Rio Tinto, na altura, bem como a lenda que deu origem à atribuição do nome Rio Tinto.
Em relação ao Património Natural, para além do Rio Douro, que nos oferece paisagens de uma beleza indescritível, encontramos ainda em Gondomar, pedaços de natureza, com carvalhos, castanheiros, e pinheiros, principalmente ao longo do curso do Rio Sousa e Rio Ferreira, os quais atravessam respetivamente as freguesias de Foz do Sousa e Covelo, e as freguesias de São Pedro da Cova e Foz do Sousa.
De forma a avistarmos toda a cidade e arredores subimos ao Monte Crasto, com um conjunto arbóreo muito importante para a envolvente urbana, e um miradouro único sobre as cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia.
A não perder é o passeio pela marginal, passando por Zebreiros até Melres (vila até 1834) onde se destaca o Largo do pelourinho e o Palacete da Bandeirinha, solar dos PortoCarrero, notável pela opulenta ornamentação de talha primorosa que forma os tetos da sala nobre, datada de 1697.
Em Zebreiros podemos desfrutar da praia fluvial.
Também visitamos a Barragem Crestuma/Lever que entrou em funcionamento de 1985.
Relativamente à gastronomia, fortemente marcada pela presença do rio Douro, a gastronomia de Gondomar está intimamente ligada às tradições piscatórias que, desde sempre, se desenvolveram no município.
No que se refere a restaurantes aconselho os seguintes: Restaurante o “Zé Pacheco”, Ritual Prova, O Comensal, O Cardeal, Arcada Velha, A cozinha do Cruzeiro.
O que mais me agrada nesta localidade é o passeio pela marginal onde comtemplamos a beleza do rio que contrastada com a envolvência do verde proveniente da natureza.
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