Linhares da Beira é uma antiga vila medieval já habitada desde a época dos romanos. Como marcas desses tempos existem várias sepulturas, um trecho da calçada romana e parte do edifício actualmente chamado Fórum de Linhares.
O actual nome de Linhares parece, porém, ter derivado do termo Linares que tem origem na forma latina Linum (linho). Linhares eram, pois, áreas cultivadas de linho, planta têxtil que, outrora, abundava nesta região.
O seu castelo, Monumento Nacional reconstruído em 1291 durante o reinado de Dom Dinis, desempenhou um importante papel na defesa da Beira Alta durante os primórdios da nacionalidade. Daqui se avista uma boa parte do restante património histórico da localidade, onde se destacam também a igreja matriz de origem românica, o pelourinho manuelino, a casa da câmara, com armas reais de Dona Maria, o solar Corte Real, construção barroca do século XVIII e o solar Brandão de Melo, edifício neoclássico do século XIX.
Cada uma das pedras das magníficas ruas contam histórias fantásticas, e revelam a importância que esta aldeia teve no passado.
Ao longo do percurso pela aldeia encontramos uma pequena tribuna de pedra, exemplar único de fórum medieval donde se anunciavam à população as decisões comunitárias.
Também visitamos a igreja matriz, de raiz românica. No seu interior estão três valiosas tábuas atribuídas ao grande Mestre português Vasco Fernandes (Grão Vasco).
Sendo a gastronomia um factor que aprecio em cada visita cultural, aproveitamos o momento do almoço para saborear os prazeres locais, na Taberna do Alcaide.
Como entradas saboreamos: queijo da Serra, morcela, chouriça da serra e alheira de Linhares da Beira. Como prato principal experimentamos o Borrego de Linhares e por fim para adoçar o momento deliciamo-nos com requeijão com doce de abóbora.
Considero a aldeia de Linhares da Beira um local de história, tradição e de beleza paisagística.
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