6 de junho de 2013

Celorico de Basto



Celorico de Basto é uma cidade do distrito de Braga, que terá sido ocupado desde tempos muito remotos, tal como nos testemunham as marcas que as civilizações mais antigas ali deixaram.

Os mais antigos vestígios de povoamento do espaço geográfico atual do concelho de Celorico de Basto, revelados pela prospeção recente e intervenção pontual de contextos arqueológicos, são atribuíveis ao início do megalitismo. Para este período pode apontar-se o grande conjunto de mamoas do Planalto da Lameira. Da Idade do Ferro destaca-se o povoado de Bouça de Mosqueiros, em Britelo, o Castro do Ladário, em Ribas, o Castro de Barrega, em Borba e o Castro de Ourilhe e outros de menor relevância. A Romanização está bem patente em Celorico de Basto e as marcas deste período encontram-se um pouco por todo o espaço concelhio.

Alguns autores, porém, ao pretenderem explicar a etimologia da toponímia local dizem ter existido por estas bandas a famosa Celiobriga que foi cidade (brigum) dos povos celerinos (celio), donde terá resultado – toponimicamente – Celorico. Povos Bástulos ou Bastetanos que por ali se teriam fixado, podem estar na origem do patronímico Basto. Estes e outros povos peninsulares devem ter ocupado extensas áreas, desde as vertentes do Tâmega, até aos montes de Barroso e de Ceva, que, no seu todo, vieram a ser conhecidas por Terra de Basto.




A região prima pelo grande número de casas e solares senhoriais e brasonadas que, sobretudo a partir do século XVII, foram construídas na região, marcando para sempre o traçado desta serrana paisagem, incutindo muitos pormenores Barrocos, com os materiais da zona. Entre as muitas existentes, destacam-se a Casa do Campo, os solares da Boa Vista e do Outeiro (século XVIII), a Casa da Portela, a da Gandarela, a do Prado (século XIX) ou a Casa da Igreja (século XVIII). 

Também visitamos o Castelo de Celorico, vulgarmente conhecido como Castelo de Arnoia (por se localizar nessa mesma freguesia), monumento militar, situado sobre a antiga povoação de "Villa de Basto" , que foi durante longo tempo sede deste concelho.
A data da sua fundação perdeu-se nos tempos, embora se defenda uma possível edificação, sobre ruínas de um povoamento castrejo, a partir do qual se alicerçou o castelo, constituído por uma única linha de muralhas, a respetiva torre de menagem e uma pequena barbaçã. O certo é que o castelo e a circunscrição territorial de Celorico já existiriam desde o século XI, acreditando-se que tenha sido edificado, à imagem de outros do mesmo género, existentes no Norte do País, durante os séculos IX-X . A este castelo está também ligado o feito lendário de Martim Vasques da Cunha, contado no "Livro das Linhagens", do Conde D. Pedro.



Outro monumento que visitamos foi o mosteiro beneditino de S. João de Arnoia, que terá sido construído antes da Nacionalidade e também conhecido por S. João do Ermo. 




A natureza circundante de Celorico de Basto é um dos seus maiores atributos Patrimoniais, tendo-se dos Miradouros vizinhos, nomeadamente no Alto do Viso e no Castelo de Arnóia, vistas fabulosas que se estendem desde o vale do Tâmega até ao maciço montanhoso de Alvão e Marão. 

Também percorremos um percurso constituído por um conjunto de dez moinhos localizados num pequeno trecho do Rio Bugio,. O percurso desenvolve-se ao longo das levadas que envolvem os moinhos, os quais foram objeto de pequenas intervenções para permitirem a circulação das pessoas. Não sabemos ao certo quando foram construídos os primeiros moinhos neste trecho do rio, mas já na doação de Vila Boa em 1072 ao Mosteiro de Pombeiro se incluíam as "sesegas molinarias" aqui existentes e cuja construção talvez tivesse sido da iniciativa dos "senhores" dessa Villa, que entregariam a sua exploração a moleiros de profissão. 

Outra pérola do património de Celorico é a Camélia nos Jardins de Basto. Quem passear pelas Terras de Basto e particularmente no concelho de Celorico de Basto, verificará que não há solar, casa senhorial ou igreja que não possua alguns exemplares de camélias nas suas imediações, alegrando a paisagem como pinceladas de cor.
Imperatriz do Oriente, rosa da China ou simplesmente Camélia como vulgarmente é conhecida entre nós, é proveniente das Terras do Sol Nascente e terá sido introduzida em Portugal na época dos descobrimentos. A sua boa aclimatação e o fascínio que desde sempre suscitou transformando-se em flor inspiradora de paixões e musa de pintores e romancistas, deram-lhe um lugar de destaque nos jardins de Portugal e particularmente nos de Celorico de Basto.

A gastronomia é outra atração do concelho, as couves com feijão, acompanhadas com toucinho, são um prato rústico com tradição. O arroz de cabidela de frango "pica no chão", o "bacalhau à Freixieiro”, o cabrito assado com arroz de forno, a vitela assada, o cozido à portuguesa, a feijoada com chispe continuam a fazer as delícias dos apreciadores de boa mesa, ao qual não pode faltar o acompanhamento de um verde tinto "encorpado".
Na doçaria temos o pão-de-ló, as cavacas, os rosquilhos, as galhofas e o pudim caseiro.

Concluindo, o concelho de Celorico de Basto é o local ideal para visitar. Possui um vasto património Histórico, Arquitectónico e Arqueológico. Tem vários espaços que permitem uma estadia agradável como parques de Lazer, ou áreas sazonais de Banho.

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