13 de fevereiro de 2011

Évora


Das muitas cidades Portuguesas que visitei, decidi descrever primeiro a cidade de Évora, na medida que esta foi a primeira cidade que visitei fazendo uma rota Turística e seguindo o mapa facultado no Posto de Turismo. Depois desta experiência decidi percorrer todas as cidades que já tinha visitado, partindo do Posto de Turismo, de forma a recolher informações que me fossem úteis para a aquisição de conhecimentos acerca de cada monumento e da histórica da cidade. Aconselho todos os visitantes a terem este procedimento, porque sem dúvida que contribui para o enriquecimento dos conhecimentos.

Évora é uma cidade Alentejana, capital de distrito e sede de um dos maiores concelhos do País, é uma das mais emblemáticas cidades Portuguesas.
O seu belo centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, o que é, por si só, um dos melhores motivos para visitar esta maravilhosa cidade Alentejana.
Évora é conhecida pela importante presença Romana na época da ocupação da península, Évora foi mesmo chamada Liberalitas Julia.

A cidade de Évora é amuralhada e a sua porta chama-se porta D. Isabel, mas esse nome só foi dado há 400 anos, pois antes chamava-se “Porta do Talho do Mouro”. Esta porta é mais antiga. Foi construída pelos romanos há cerca 1800 anos. Era uma das principais portas da cidade, e situa-se nas muralhas que os romanos construíram para proteger Évora: a Cerca Velha. Havia, nessa muralha, quatro portas, de que hoje só resta esta.



Não faltam no município de Évora locais de incontornável visita, como a sua imponente Sé Catedral construída entre 1186 e 1204. No seu portal constam estátuas dos apóstolos. E na base de cada apóstolo pequenas esculturas contam histórias. Naquele tempo, a grande maioria das pessoas não sabia ler. Por isso a Igreja educava a população mandando esculpir histórias nas pedras dos templos, como se fossem lições. Quando entrei nesta igreja um grupo de canto gregoriano estava a fazer os seus ensaios, foi indiscritível o que senti, ao observar os encantos do interior da catedral ao som da música gregoriana.



Outra atracção de Évora é o conhecido Templo Romano (popularmente apelidado de “Templo de Diana”) construído entre o século I e III d.C, dizia-se que era dedicado à deusa romana da caça, Diana. Pensa-se hoje, todavia, que este templo foi construído há quase dois mil anos para servir de culto ao imperador.



Uma bela igreja que também é atracção da cidade é a Igreja de São Francisco e a sua célebre Capela dos ossos, totalmente revestida de ossadas humanas. Na altura da sua construção o nosso país estava lançado nos Descobrimentos. Por isso podemos ver à entrada da igreja um dos símbolos da nossa expansão, a esfera armilar (emblema do rei D. Manuel I). Como igreja real, era aqui que os reis portugueses e a sua família assistiam à missa quando estavam em Évora. Durante muitos anos os reis portugueses aqui passaram largas temporadas, e aqui se fizeram importantes cerimónias. Como, em 1490, o casamento entre o príncipe Afonso, filho de D. João II e uma princesa espanhola, celebrado num pavilhão de madeira em frente à igreja. Poucos anos depois, Vasco da Gama terá recebido aqui o cargo de comandante da frota que descobriu o caminho marítimo para a Índia. Foi ainda nestes paços que Gil Vicente apresentou algumas das suas peças de teatro - os autos -, que estão na origem do teatro em Portugal. Também visitei a bonita Igreja dos Lóios (século XV), ou o Palácio de D. Manuel, com a interessante Galeria das Damas, parte do que resta do Paço do século XVI construído pela Dinastia de Avis que tanto influenciou e adorou estes domínios.


As cerca de 20 igrejas e mosteiros da cidade denotam a sua importância histórica e religiosa. Local bem central e imperdível é a famosa Praça do Giraldo, com arcadas em estilo árabe e uma fonte datada de 1571, local de encontro de todas as gerações, de animação e espectáculos especiais. Esta praça assistiu a muitos acontecimentos da História de Évora. Foi aqui que se fizeram festas, torneios de cavaleiros - as justas - e touradas; e foi aqui que se fizeram os tristemente célebres autos-de-fé. Ainda hoje, esta praça é a principal Praça da cidade de Évora. Como o era há vários séculos, quando a cidade começou a crescer.



Outra praça que visitei foi a praça do Sertório, onde se situa o edifico da Câmara Municipal de Évora, as Termas Romanas, a igreja e Convento do Salvador e o arco da D. Isabel.

Também visitei a igreja e Convento da Graça dedicada à Nossa Senhora da Graça. Hoje é considerada é um dos mais importantes monumentos do Renascimento em Portugal.


Em Évora não há só palácios e igrejas, por toda a cidade há outros monumentos. Como por exemplo, o largo da Porta da Moura, onde podemos encontrar uma bonita fonte de 1556. Num tempo em que a água pública era escassa, as fontes eram muito importantes para as populações.



No que se refere a jardins visitei o Jardim Público onde se situam as Ruínas Fingidas (Séc. XIX) com elementos arquitectónicos mudéjares (Séc. XVI).



Não podia de deixar de observar o grande Aqueduto da água da prata do Séc. XVI.


Os arredores de Évora, e sobretudo o território a Oeste da cidade, constituem, em termos peninsulares, a paisagem megalítica mais diversificada e monumental.

Dos vários monumentos megalíticos visitei o recinto megalítico dos Almendres, considerado o maior monumento megalítico da Península Ibérica e um dos mais antigos monumentos da Humanidade.



Também visitei o menir do Monte dos Almendres considerado um exemplar de forma ovóide alongada, característica dos menires da área de Évora e exibe um báculo, gravado em baixo-relevo, na parte superior.

Évora possui uma excelente oferta de artesanato, hotelaria e restauração, podendo-se degustar verdadeiras delícias típicas Alentejanas, como as migas, o porco preto, a sericaia, entre outras.

Quando visitei esta cidade fiquei hospedada no “Évora Hotel”, um hotel com um espaço muito agradável e bem decorado.

Nesta cidade podemos conjugar a tradição, a história e a animação.

2 comentários:

  1. Tudo muito bonito, mas no fim fiquei sem saber onde bebia o verdadeiro tinto alentejano. Queres guardar segredo onde é a boa pinga :)
    Vou seguir o blogue! :)***

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  2. Pois, a pinga não é a minha especialidade, como sabes. O entendido é o Ricardo, mas esse ainda não deu o seu contributo neste blog. Também estou a seguir o teu e já o recomendei a amigas que têm quintas e estão a pensar rentabilizá-las. Bj

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