18 de fevereiro de 2011

Elvas


Elvas é uma das principais cidades Alentejanas, sede de município, situada bem próxima da fronteira com Espanha, e desde cedo um importante bastião estratégico, construída dentro de muralhas em forma de estrela.

Quando visitei o interior alentejano, não poderia deixar de visitar esta cidade amuralhada, possuidora de um património riquíssimo, contando mesmo com um imenso espólio de monumentos megalíticos, bem como um bom acervo arqueológico da época pré e romana.

Da época medieval são de realçar o bonito Castelo do século XIII de Elvas, a Igreja de São Domingos ou a Igreja de São Pedro do século XII.


Entrei na cidade pela Porta de Olivença, que faz parte da muralha seiscentista.


O monumento mais vistoso da cidade é, talvez, o grande Aqueduto da Amoreira, cuja construção se iniciou em 1498 e foi concluído em 1622, com uma extensão de cerca 7.800 metros, com um total de 843 arcos, chegando alguns a atingir mais de 30 metros. Do mesmo arquitecto do Aqueduto é a bonita Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas, obra do século XVI.


Não deixei de tomar uma bebida nas esplanadas da Praça da República que é o centro histórico elvense. Nela se encontram a Igreja de Nossa Senhora da Assunção (antiga Sé), casas apalaçadas com vários séculos de existência. Quando foi elevada a cidade no reinado de D. Manuel I, muitas obras se efectuaram, levando a cidade a sede de bispado e a ser considerada a quarta maior cidade do país no final do séc. XVI.




Ao percorrer o centro histórico de Elvas dirigi-me ao largo do Pelourinho e deparei-me com o Arco do Dr. Santa Clara ou Arco de Tempre, situado junto à porta da antiga muralha Árabe.
Este arco é da intervenção do período da arquitectura Romântica do Séc. XIX, construido pelo Dr. Santa Clara importante eurodito da época. Inicialmente chamou-se a este arco Porta do Tempre, em referência a um combate de cavaleiros da Ordem do Templo contra os Mouros, tendo rompido a muralha por este lado.
Este local é o meu favorito de Elvas, porque considero que a junção da antiga porta da muralha, com o arco, a cor das casas envolventes (branco e amarelo) e o pelourinho situado no largo reflectem uma imagem representativa de Elvas.



Para além destes monumentos também visitei a Igreja das Domínicas, da Nossa Senhora da Nazaré, da Conceição, ou a da Ordem Terceira de São Francisco, todos este monumentos dentro das muralhas.

                                                                Igreja Nossa Senhora da Nazaré

Fora das muralhas visitei os fortes de Santa Luzia e o da Graça. O Forte Santa Luzia está situado na parte sul da praça de Elvas, a cerca de 400 metros da Porta de Olivença onde existia uma ermida de Santa Luzia. Começou a ser construído em 1641 e foi concluído em 1687. O forte forma um quadrado de 150 metros e é constituído por diversos baluartes, revelins, coroas e outras obras militares. Tal como o Forte da Graça e os restantes fortins o forte fazia parte da estrutura defensiva da cidade.





A Gastronomia Alentejana encontra-se bem representada em Elvas, destacando-se as sopas de pão, diversas especialidades de carne de porco e borrego, vários tipos de enchidos e as famosas azeitonas e ameixas de Elvas.

Elvas é uma cidade com várias atracções, as que mais me encantam são as cores das casas, as portas da muralha, as ruelas com arcos e a gastronomia.

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