28 de dezembro de 2011

Faro



Faro é a capital do Algarve. Destino balnear de eleição, esta cidade cosmopolita estende-se por uma das maravilhas naturais da região – o Parque Natural da Ria Formosa.

No que se refere à história da cidade, os primeiros marcos remontam ao século VIII a.C., ao período da colonização fenícia do Mediterrâneo Ocidental. Seu nome de então era Ossonoba, sendo um dos mais importantes centros urbanos da região sul de Portugal e entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial, baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios.

Faro tornou-se uma cidade próspera devido à sua posição geográfica, ao seu porto seguro e à exploração e comércio de sal e de produtos agrícolas do interior algarvio, trocas comerciais que foram incrementadas com os Descobrimentos Portugueses.

A sua relevância durante a ocupação romana e muçulmana foi ainda maior nas viagens marítimas portuguesas durante os séculos XV e XVI, tendo sido erguidos monumentos impressionantes como resultado da sua prosperidade. Contudo, a sua fortuna inverteu-se nos séculos seguintes, ao cair perante o ataque do exército inglês liderado pelo Conde de Essex, em 1536, e, mais tarde, quando a cidade sucumbiu perante os efeitos devastadores do terramoto de 1755. Apesar disso, Faro ostenta muitos monumentos graciosos que atestam a sua antiga glória e são dignos de uma visita.

Iniciamos a nossa visita pelo centro histórico deambulando pelas ruelas estreitas que albergam muitas lojas de artesanato local. Visitamos a Sé Catedral, situada na zona histórica de Vila-Adentro, esta foi erguida no local de uma igreja do século XIII e de uma antiga mesquita muçulmana. Foi saqueada durante o ataque inglês no século XVI e destruída pelo terramoto de 1755, tendo sido reconstruída em finais do século XVIII e apresentando, por isso, uma mistura de estilos arquitectónicos. A torre do primeiro piso e duas das suas capelas são tudo o que restou da igreja original.





Cruzamo-nos com o Palacete Belmarco, que foi mandado construir pelo abastado comerciante Manuel de Jesus Belmarço para sua habitação.
No interior, merecem uma referência especial dois painéis de azulejos, datados de 1916 e assinados por Pinto, representando diversos trechos: a Torre de Belém, o Porto de S. João do Estoril, o Castelo da Pena, etc. Nos últimos anos, tem funcionado neste local o Tribunal de Trabalho de Faro.




Também visitamos o castelo, integrado nas muralhas, este constituía o último reduto da fortificação. Tinha três portas, duas com ligação para o mar: a Porta do Mar e a Porta do
Socorro e a terceira para a Vila-Adentro.



As portas da cidade são uma das atrações turísticas, principalmente o arco da vila. Numa das portas medievais do recinto amuralhado, o Bispo D. Francisco Gomes do Avelar mandou o arquitecto genovês Francisco Xavier Fabri, por si trazido de Itália, construir um portal monumental, em cujo nicho figura uma imagem italiana, em mármore, de S. Tomás de Aquino.
Através desta obra, inaugurada em 1812, o prelado sacralizou a cidade e dignificou não só a mais importante praça, outrora chamada da Rainha, mas também o núcleo amuralhado, conhecido por Vila-Adentro.
Na sua face interior há que realçar um portal em ferradura, reaberto em 1992, que correspondia a uma entrada nas muralhas árabes.



Outra das entradas da cidade é o Arco do repouso, principal entrada terrestre em época árabe, a sua construção remonta à dinastia almoada (séculos XII / XIII). No século XIII, devido à Reconquista Cristã, esta entrada foi reforçada pelos árabes com duas torres Albarrãs, de modo a facilitar a defesa da cidade e tornar difícil o acesso do inimigo.



No que se refere a monumentos religiosos para além da Sé de Faro visitamos também a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco. A Igreja da Ordem Terceira de São Francisco é originalmente construída como parte do Convento de São Francisco no século XVII, foram realizadas significativas alterações nos séculos XVIII e XIX. Os belos azulejos, as pinturas e os retábulos do transepto são dignos de relevo.

Relativamente à gastronomia os doces típicos da região são os Dom Rodrigos – presentes em qualquer pastelaria da cidade. Outra especialidade são os peixes e marisco que podem ser servidos em qualquer restaurante da cidade.

Para além de um grande legado histórico, não podemos esquecer as praias, um vasto leque de praias e ilhas, que tornam Faro numa cidade atrativa.

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