Oviedo é uma cidade e um município da província e comunidade autónoma das Astúrias, sendo a capital das Astúrias.
No seu escudo está escrito o seguinte lema: "A muito nobre, muito leal, heróica, invicta, benemérita e boa cidade de Oviedo". É apelidada de Capital do Paraíso, já que as Astúrias são o Paraíso Natural.
Os seus habitantes, os Ovetenses, são também conhecidos por Carbayones (carvalhões), devido a um carvalho carbayo em asturiano) legendário, que foi derrubado por se encontrar doente e em risco de tombar, no século XX, ficando uma placa a indicar o lugar onde estava. O mesmo nome é dado ao doce tradicional de Oviedo, um pequeno bolo composto por massa folhada, recheada com uma pasta de amêndoa, ovos e açúcar, coberto por uma capa à base de açúcar.
A zona histórica concentra a essência de Oviedo, um passeio pela cidade leva a uma viagem de volta no tempo para as suas origens no século VIII, a cidade murada, a cidade medieval, os seus monumentos, a passagem dos peregrinos que vieram de França para a estrada Santiago, assim como as suas ruas são as grandes atrações da cidade.
Iniciamos o nosso percurso pela zona histórica onde observamos diferentes palácios, capelas e igrejas de diferentes períodos e estilos artísticos.
Ao percorrer a cidade de Oviedo, constatamos que a sua maior exibição de arte está presente nas ruas e de forma gratuita, ou seja, as inúmeras esculturas expostas; esta cidade converteu-se num autêntico museu ao ar livre.
Outra das grandes atrações da cidade é a Catedral de Oviedo que foi construída no século XVI, por ordem de Afonso II, esta tem uma imponente torre gótica e guarda no seu interior um dos tesouros da Cristandade, a Câmara Santa, onde se veneram relíquias, e a Arca Santa, a Cruz de los Ángeles (Cruz dos Anjos) e a Cruz de la Victoria (Cruz da Vitória), símbolo que faz parte do escudo das Astúrias. Na catedral repousa o corpo de Santa Eulália de Mérida, padroeira de Oviedo.
Na mesma praça que se encontra a catedral deparamo-nos com muitos outros monumentos como :
Capela de La Balesquida (XIII)
Casa de los Llanes, edifício barroco (XVIII)
Colégio notarial de Astúrias, edifício de corte clássico (XVIII)
Palácio de la Rúa o Marqués de Santa Cruz, edifício civil mais antigo de Oviedo (XV)
Palácio barroco de Valdecarzana y Heredia, hoje, sede do Tribunal Superior de Justiça das Astúrias (XVII)
Em seguida dirigimo-nos para a praça da Constituição onde se encontra a Câmara Municipal e a Igreja de San Isidoro de Léon.
A igreja era parte na fundação da associação dos jesuítas de San Matías. A escola foi demolida em 1873 deixando a igreja como a única testemunha do complexo acima, que foi construído no século XVII.
Descendo a rua Fierro desde a praça da Constituição encontramos a Praça del Fontán, onde está localizado o Mercado e o Palácio del Marqués de San Feliz (propriedade privada, não visitável) de 1735.
Também visitamos o Mosteiro de San Pelayo, fundado no século IX, datado de início da Idade Média. De acordo com a antiga tradição, é fundada pelo rei Alfonso II (791-842), sob o nome de "San Juan Bautista". É a única comunidade asturiana beneditino que permaneceu viva sem interrupção até hoje.
Ao passearmos pelas ruas da cidade deparamo-nos com o Palácio da Junta das Astúrias, um sumptuoso palácio de estilo francês, com projeto de Nicolás García Rivero, construído sobre as subdivisões do antigo convento de São Francisco, ocupando o local da antiga igreja. Quatro fachadas, a principal escadaria monumental barroco e tipo de corpo de projeção central e decoração francesa com muitos elementos modernistas.
Depois de visitarmos a zona histórica da cidade dirigimo-nos para o Monte Naranco, para visitarmos as igrejas pré-românicas - Igreja de San Miguel de Lillo e a Igreja de Santa Maria de Naranco.
Uma parte da igreja de San Miguel de Lillo foi derrubada no séc. XI, mas ainda se conserva o sector ocidental. Esta é elogiada pelas crónicas da época pela sua extrema perfeição técnica. Introduz soluções arquitetónicas inovadoras da arquitetura da arte pré-românica.
Localizado a 300 metros da Igreja de San Miguel de Lillo, situa-se a igreja de Santa Maria de Naranco, o trabalho real de Ramiro I (842-850). Ele representa o edifício mais emblemático da arte asturiana.
Colete inovações construtivas destacados pelos crônicas da época: abóbadas, arcos estores murais, contadores, entre outros É um edifício sujeito a umas normas esquisitas de proporção e harmonia e de um cuidadoso estudo estético.
No que se refere à gastronomia de Oviedo, destacamos os peixes deliciosos, os mariscos além dos pratos nacionalmente famosos, como a fabada asturiana e o pote asturiano. Ambos são feitos com as “fabas”, que é uma espécie de feijão branco bem grande. Também encontramos pratos de morcillas asturianas, os chorizos asturianos e carne seca.
Concluindo, considero Oviedo uma cidade interessante, movimentada e com várias atrações.
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